Quando a voz dela treme sinuosa,
Ele acalma, colocando as cordas vocais em linha.
De maneira flatuosa.
Quando o pôr-do-sol vem, ele a abraça com as pernas,
Peludas da Era das cavernas.
Com seus dedos grossos e ousados
Acaricias as costas.
Vendo a avenida passar,
A velocidade do tempo a se expressar.
Sentados nos bancos brancos da praça.
Quando o corpo dela retorce.
Ele a puxa aos cantos.
Quando ela saliva prazer,
Ele tira cada sílaba da libido
Que abriga a mente feminina.
Pelo telefonema de madruga,
Ele a localizam pelas
Constelações.
Os dois juntos são
Loucura de observações,
E olhares.
Ela faz poesias,
Ele faz rimas,
Com o olhar,
E as guarda na gaveta,
Pergaminhos deles.
Logo cada um
Pra sua casa
Um conversa em cada cama
Um em cada lado,
Do Estado,
Acabam sempre dividindo
O mesmo copo
Acabam-se na mesma cama.
Fazendo fogo no corpo
Um do outro.
Ela quem escreve tanta poesia
Acabou por virar um poema.
Frente e versos.
Na ponta dos lábios
De veludos.
Do cabeludo.
Samantha Schepanski
Nenhum comentário:
Postar um comentário