
Gira o mundo.
Em segundo.
Dançando,
Derrama vinho, nua,
Expressando o sangue tinto da emoção.
Acaba por tingir o fundo.
Inspira aos homens que vê,
A escrever versos,
A sorrir universos,
Ao ver o suor escorrer,
Resvalando pelos pêlos.
Sob a lua que nada diz,
Remexendo o ventre das ruas.
O sino da Igreja ao lado,
Que toca e os arrepios,
Que desloca.
Seu fogo é preciso,
Não se desfoca do jogo
Da vida, dançando paralisa a avenida da dúvida.
Em piso liso,
ao redor do friso.
Embelezando paredes com miragens.
Gira seus pés na ponta,
Se equilibrando,
Estufando o peito,
Obrando,
Entorno de ideias feitas as sombras da mente,
Que dança sobre os pés,
Esculpindo cálices.
Seus olhos cor de mar distante,
Conta o mar e toda sua história,
Tempestade, tormenta,
Viagens e glória,
Todo orgulho, amor,
Tristeza e calor do mundo,
Enriquecem seu olhar. Gira e gira...
Ameaça evaporar,
Rodopiando contra a lei da gravidade.
Samantha Schepanski
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