Quando precisar de conselhos, consulte a própria solidão e ligue as luz dos seus olhos, ninguém melhor para saber as emoções em ondas que passam dentro do seu sangue. Ao estar com a mente pedindo para respirar, ousa-se a escutar-se, desde os tempos primórdios quem a organiza é você. Os outros só a assopram, ás vezes para esclarecer outras para desfazer.
Quando acontece algo surpreendentemente positivo, vem à vontade de estagnar feito uma bandeira ao pico mais alto dos Andes, para causar inveja em quem eventualmente a observasse. Ao estar com um problema cabreiro seu corpo fica parado, os braços erguidos, saboreando intimamente o que parece ser uma emoção profunda, pedindo socorros para alguém o ajude a criar o céu. Rende um olhar de pena, e uma risadinha. Poucos o estande a mão, e esses poucos, ou o único superlativo deve ser considerado, até quando as cadeiras deixarem de estarem reviradas e pararem de sangrar.
Poucos os que realmente se importam, e querem bem, eles não se rotulam eles se revelam, vão além do senso comum.
As pessoas trazem diferentes versões da mesma história sempre o mesmo tema, com final diferente um com ponto final e outros reticentes... A mercê de uma vitrola e MPB, quem sabe assistindo um vídeo cassete. Sem a companhia de Walter Benjamin filosofam até sair pregos da língua, de tanto o cérebro pensar, faz a digestão pela boca.
Ou podem colocar as cadeiras no fim da tarde em frente a casa e falar sobre a sua vida, enquanto outras noticias não chegam, e comentam como se soubesse de tudo, dando voz a Xitãozó e Xororinho até o fim dos tempos, dando reprodutibilidade da obra de arte da sua vida.
A lentidão das respostas é sempre proporcional à pressa. Os ossos vêm a rachar de ansiedade, e a selvageria da vida pede que seja lobo alfa da alcateia. Acalme os nervos, beije medos não deixe eles derraparem os seus anseios, acredite toda selva escura tem a sua luz.
Aprender a se escutar, faz com que as coisas ao redor se tornem melhor, e as pedras altamente se chutem para longe.
No plano da espiritualidade, o domínio tem uma conotação muito mais funda. Não construa os desejos em um universo destrutivo. Não transgrida a lei sobre si mesmo. É preciso tomar decisões de forma madura, saber lidar com rejeição alheia sem temer em ser quem é. Nosso sofrimento é nossa responsabilidade, pertence a si a dimensão de mistérios.
No final eles batem palmas saudando as curvas dos seus neurônios por estarem distante da margem de decisões de sua vida.
Samantha Schepanski
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