Sinto-me como num poço solitário, intocável do amor e incontável, só o vejo quando os reflexos do sol tocam sobre o poço sombrio, que me gela os pés, a alma. Com as garras das unhas, risco as paredes úmidas, tentando fugir instigantemente, mas o poço é fundo e a saída é bem longe, os pés escorregam por maior a força que façam. Mas só arranco lamas.
Vivo na espera de quem me salve, entre sem bater, tire-me do abismo das emoções, para poder parar de gotejar, gota a gota, que caem em silêncio, sussurrando ecos, sustentando águas aos outros, servindo apenas como exemplo de que existe o amor, no século vinte e um, á espera pelo coelho branco, que dê o salto no desejo, enquanto os raios passageiros fazem amostras de como é o calor.
Então, me aproveito dos momentos para não congelar viva em meio os limos verdes, verde esperança escura.
Samantha Schepanski
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