O corpo
Possui janelas
Janelas abertas,
Inquietas sem pé, nem engrenagem.
Vivem se batendo
Como se houvesse vento
Não se sabe se a liberdade lá dentro dança
Ou
Grita dentro dela.
Está sempre prestes
A explodir na dança ou fazer o temporal
Pode nos desnortear ao sul, leste ou oeste.
Ou nortear.
Ponte ao mútuo
As energias
Conforme os fluxos das janelas sugam.
Um conjunto de superfícies,
Profundezas das quais mais atraímos.
Manter-se em alerta,
Olhos alargados,
Maiores que as janelas,
É livra-se dos poços e becos,
Dentro si.
Sentir o impulso do vôo no momento exato
Que se deve voar
Esvair energias,
Dar colo,
Ou multiplicas.
Rega-las.
Não deixe a janela do teu corpo,
Sentir falta do Sol,
Só quando ele não vem,
De modo algum se apegue a ingenuidade humana.
Samantha Schepanski
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