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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Vento leve, venta

Inexecutável cessar o vento, e ele leva o momento na garupa. Levanta a barraca de folhas, está vivo nos 7 mares que arrebenta, as vezes o vento gosta de mudar de ar, leva um pouco de cada lugar, mas vento é sempre vento, rasteiro ao tempo.

É o mesmo que corre entre as notas da guitarras pesadas, que alça o voo da flecha na mira, joga a chuva para o lado, faz fogos voar, apagador de vulcões, que balança os pelos do lobo na estepe. Faz o passarinho voar da mão, assopra a semente na terra, o que venta no salgueiro, o vento que se quebra pelas esquinas se choca consigo mesmo.

Ele é mais livre que as pessoas, de vez em quando aparece uma borboleta branca que o bebe, e assim aumenta a esperança feito esperança de grão de sal.

 É tão bom quando se fica com a cara contra o vento, e ele tão a favor mesmo que em outro direção.


Samantha Schepanski 

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