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sábado, 14 de dezembro de 2013

Embriagues

Dizia ele que quando a vida se esvazia é preciso encher o copo. Arrastava as dores explosivas cantando os pneus, acreditando que o embaraço das partículas erguidas do chão bloqueassem os cenários passados. 

Erguendo a poeira, dando a volta por cima.  Assim seguia se perdendo na neblina de poeira, nas terras de Austrália com o Maverick cor de amarelo queimado, deixando rastros e pensos. 

Cazuza o entenderia ou o devoraria ao lê-lo.  Pena ele ter que fugir para poder se encontrar e para ouvir o som das águas que vem.

Ele queria ser como o Sol é livre sem usar algemas.


Samantha Schepanski 

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