Nove para o universo, hora de brincar em parar a era devagarzinho. Desengomando as nuvens amassadas, para a eles deitarem e nu elas vem. Ela se via dentro dos olhos dele, se fazia parada para mergulhar dentro dos fulgurares. Mas o beijo, e o corpo nu pediam outro destino.
As nuvens, condensadas de vapor se tornam perigosas para o relâmpago de chuva, então se refugiam para outro lugar, mas levam as nuvens com eles.
Ela fica sem conseguir observar todos os movimentos dele, atenta, pois a mente ingressou em uma viagem sem passagem. Não se controla o selvagem, num calor, maiores delicias.
Vagavam bafos de calor, feito invisíveis bolhas de ar quente que rolam pelo sofá. Correntes de temperatura que atravessam a parede, arrastando calor pela cidade.
Sob um teto de loucuras, arranhões no corpo, sem tentativa de homicídios. A língua dele cruzava suas pernas, arranhava sua cintura. Chupao no terraço. Gigante, adentrava vida.
Corpos abraçados, suados sem espaço para uma folha de livro, embriagado no toque da mão. Enquanto isso, eles escreviam sua história. No quarto escuro escondiam segredos. Ela tem cheiro de papelaria ele de perfumo afrodisíaco, deitada no peito dele, ela perfuma suas páginas. Encostou-se na mente dele, invadiu sua privacidade, tornando-se sua realidade.
Ela com sua paixão por letras e sons, transformava tudo em poesia. Outras línguas dizem que é desnecessário por preguiça de traduzirem as sensações, dizem que são palavras difíceis de serem traduzidas.
Ele atira o revolver e eles caem, mas não por uma bala de verdade. Calavam-se os gemidos. Haviam flores nas mãos, longe do chão, ao sol fazer estrondo, em manhã feita de sorriso pão com manteiga.
Samantha Schepanski
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