Pages

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Terceiro ano

Um capitulo na agenda, um marco na história. Cenas irrebobináveis invadiram os corredores e as salas. O Sol permanece no mesmo lugar, porém cada vez mais quente e os alunos saem da escola levando os reflexos dele que pelas professoras foram repassados.

A energia de cada aluno é o que constrói a escola, o espelho no centro da aprendizagem. Tudo passa, mas tudo fica. As fórmulas decoradas vão embora, a soma dos sorrisos penetram na profundidade dos eternos segundos que ainda irão contorcer a barriga de suspiros ao rir, ou em mente.

A única cola da sala girando o tubo inteiro sendo emprestada mão a mão, o colega que ensina quando o calcule tropica, o ventilador distribuindo o vento, o tempo levantando vida.  Os sonos inquietantes durante as aulas que nem Freud aguentaria por não ter tido as oito horas bem dormidas.
A água na boca feito um diluvio de desejo ao ver o lanche preferido na hora do recreio. E os olhos revirando o teto ao ver banana. 

Os gritos nas sacolas da paciência ecoam pedindo as ditas contagens regressivas.  Ou um berro para ensurdecer o temporal das goelas reinantes, chamando chuva nas classes semicirculares.
Simplesmente a amizade que se faz lá dentro dos portões não se encontra aqui fora, é o convívio, o vício de ter tais pessoas por perto. É diferente do que amigos de festas.
Entre humores e mal humores o dia a dia, a rotina pedindo inventividade além das folhas de exercícios, entretanto nas formas de se relacionar em vínculos afetivos.  

Constatam a união e aprendizagem juntas em prova viva, que família é onde existe compreensão. Além de papel e caneta. E um tubo de cola, vai que cola. 


Samantha Schepanski

Nenhum comentário:

Postar um comentário