
Eu preciso de vitalidade para rodar além do copo, quero abracar o mundo nem que seja com os meus fones de ouvidos, não posso me matar no mundo dos sãos. Nascer é uma alegria que dói, o mundo para surgir precisou explodir, a mortalidade existe até o primeiro beijo e o segundo copo.
Passar por dificuldades todo mundo passa, sofrer é para os fracos, já que no futuro sabe que tudo vai acabar, parte de cada um o modo como que vai sentir o vendaval levantar a casa de palha. Reclamar do que está se passando faz com que tenha que resgatar duas vezes mais forca para construir voracidade. Os lúcidos rezingam para se sentir seguros e assim caem segurando em si próprios sem terem certeza da onde estavam se segurando.
Os poetas não são profetas eles poetizam a tristezas, os músicos cantam as dores, os dançarinos dançam os desiquilíbrios, e assim ela se esvai no ralo das lagrimas.
Os sãos falam dos loucos e buscam neles o refúgio. Os artistas são considerados loucos por viverem em uma orbe distantes do demais, longe no pensamento o seu verdadeiro lar.
Por crerem na porta que vai se abrir, enquanto outros se gesticulam ao em vez de se derramarem na viola, se perdem no barulho das sirenes.
Aspas do olhar em linha reta lá estão os loucos na linha direita seguindo a indiscreta seta da luz, calcam-se os sãos, quem disse que os profetas não eram loucos? Assim vistos para alguns.
Tranquilizam o peito em disparada de fúria calada na arte de se fazer sorte, fugindo dos modelos priorizando os horizontes. Assumem os pesadelos mesmo sem pontes, pescadores de alto mar, sabem que se enfrentam a brutalidade do pensamento são capazes de enfrentar tudo. Heróis de si. E os sãos? Em volta da televisão assistindo o filme da vida do louco.
Administrar o sucesso da vida é tarefa grande que se emboca exatamente para quem tem a loucura de acreditar.
Reponha-se, liste suas escolhas. Aqui encerra mais um poema mais não o seu problema. Último cigarro do maço, último gole de vinho. Se é isso que é preciso para firmar suas garras nas marejadas.
O garçom sorriu sem um dente, a felicidade não é difícil.
Samantha Schepanski
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