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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Peixe-profundo

Pequena que vive grandes
Profundidades
Embaixo da água
Feito peixe
Encaixe
As situações malucas.

Sóis azuis
Salta das selvas do oceano
Para tocar a nuca
Das nuvens laranjas.

Doce olhar ardente
Aguardente
Carne e alma
Pão e vinho.
Nada deterá a primavera.


Samantha Schepanski

Amar, maré, amaré

Engraçado toda vez que ela sussurra o nome dele a noite ele aparece pela manhã.


Samantha Schepanski

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Magnitude alva

Rolhas de champanhes soltas ao ar, querendo alcançar os foguetes que voam, riscando o céu por segundos, fazendo a órbita noturna rir. Além de ser uma data simbolicamente de renascimento de adentrar com o pé direito em um novo calendário, como se algo de concreto fosse se modificar pela passagem de uma data.

Cada nação com seus rituais desde meditar sobre pedras, comer romã, pular as sete ondas, jogar flores brancas no mar, abrir as janelas da casa deixando os incensos correrem pela casa fluindo proteção. 

O importante é comemore quem você é, as páginas e páginas que te revestem que te trouxeram até aqui. Momento de começar o ano com uma vassoura nova, deixar as magoas em um baú no fundo do oceano, onde a agua bate macia, e não incomoda. Livrando-se dos sentimentos parados que afundam a alma, pois a vida é movimento. O fracasso possui um grande segredo. Existem mil coisas boas pra florescer ainda, não vai ser uma página de sua biografia que vai queimar todas as linhas capazes de te levantar. Encarar o branco dos olhos da vida, faz respirar mais verdade.

 É a data em que universalmente todos gritam a felicidade sem medo, misturas de quartzos em sorrisos e lagrimas brindando o ano novo a procura de paz. O positivismo possui um sono leve de criança recém nascida, e como se espelha na criança quer ser arteiro e saltar o mundo inteiro em um trampolim atraente de energias. Todos vibralizando junto, transforma o poder, o magnetismo pessoal de cada um, concentra atração. O Universo não funciona na base da sorte ou do azar.

2013 foi assim.... Morte e renascimento o tempo todo, o mundo gritando feito uma chaleira que precisa ser retirada do fogo. Fez até as pessoas que não são sensíveis taparem os olhos. Muitas as unhas geladas de medo riscaram nucas. Ao acontecer grandes mortes trouxe a verdade escancarada de que não somos o que pensávamos ser. Mínguo os planos de deixar tudo para amanhã, os abraços passaram a ser mais fortes, os momentos pedem para arrancar o maior sorriso do dia mesmo aos clássicos dias de neblinas.

Final do ano tende de a sobrecarregar as energias, a paciência ser redobrada em vários tricotes, os ares levam tudo a mar da agonia.

Por muitos espíritos não terem encontrado as avenidas celestiais e estarem entre as alavancas das ruas, pois são carentes de orações, sem paz, querem tocar no mundo concreto e tonteiam as pessoas por onde passam. Feitos poemas esquecidos que anseiam serem relidos.

A fé se tornou mais presente, a espiritualidade ganhou massa expandindo conhecimento, os pais tomaram noção que é preciso soltar suas crianças e segurar os balões, é possível proteger mesmo longe, velas acesas são como o Sol no caminho.  
Tornou o homem mais observador, revelador de si, como cada planeta na sua respectiva casa,que rege o universo e os homens a vida.

O ego fez dos homens rebeldes criminais, iguais aos deuses. Com poesias ilegais a seguir arriscando-se transformar guerra em paz, trocando as palmatórias.

O sol sob a sombra sobra e soluça deixando o soldado na solidão, então erguem-se a construções contra os confrontos da mente. O despertar da mente elevado mostra que a realização do desejo mora do supra consciente, desta forma o Universo movimenta as mudanças para que de fato aconteça. O despertar não chega porque queremos mas porque o desejamos em algum nível da consciência, assim começam existir as coincidências das palavras.

A magnetunidade das pessoas, faz com que elas subam na vida, consigam convencer com outras certas facilidades. Napoleão, por exemplo, pequeno de corpo e desprovido da beleza de um notável, nascido em condições humildes. Colocar em prática a força da atração é dar vida a coleção de silêncios. Pessoas assim quase passam a dominar o mundo.

As atmosferas mudaram, ares giraram, mentes abriram, as vontades não são mais as mesmas, algumas cresceram... outras morreram. Mas o além disso tudo, é ver como as pessoas estão chegando para poderem tocar no seu maior ponto evolutivo, a chegada é o alivio, a história é o  arrepio nas linhas dos dias.



Samantha Schepanski 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Vento leve, venta

Inexecutável cessar o vento, e ele leva o momento na garupa. Levanta a barraca de folhas, está vivo nos 7 mares que arrebenta, as vezes o vento gosta de mudar de ar, leva um pouco de cada lugar, mas vento é sempre vento, rasteiro ao tempo.

É o mesmo que corre entre as notas da guitarras pesadas, que alça o voo da flecha na mira, joga a chuva para o lado, faz fogos voar, apagador de vulcões, que balança os pelos do lobo na estepe. Faz o passarinho voar da mão, assopra a semente na terra, o que venta no salgueiro, o vento que se quebra pelas esquinas se choca consigo mesmo.

Ele é mais livre que as pessoas, de vez em quando aparece uma borboleta branca que o bebe, e assim aumenta a esperança feito esperança de grão de sal.

 É tão bom quando se fica com a cara contra o vento, e ele tão a favor mesmo que em outro direção.


Samantha Schepanski 

Desculpe-me, não quero paz



Se não houver sangue não haverá amor. Não quero paz, paz é sem cor, faz o sangue virar água, as emoções amortecem, pois tudo é estável. Os dias se tornam simples, não há cisco no coração fazendo cócegas, os ponteiros não gargalham mais.

Paz é sossego, uma vida de sereno, mar calmo, sem oscilação das ondas, assim quem arrastara os pedidos para o fundo do mar?

É chá sem açúcar, copo sem rum, música sem gritos de emoção pois tudo já está alcançado. A paz, não é terráquea, é de outro mundo, pois aqui os homens são feitos de carne. Pessoas menos estressadas vivem longe das civilizações.

Paz é viver em uma casa tranquila com cheiro de incenso, sem caras amaradas.

Os homens vivem a procura de pensamentos mágicos, saltando em mente com os pensamentos andantes. 
Se tudo fosse calmaria, não haveria inspiração. Desculpe-me, não quero paz, quero viver a conta eu acerto depois, pois ela ri dos homens que acomodam os seus objetivos.


Samantha Schepanski 

Vida além da vida

Vou me sentir realizada ao ver minha alma que pesa sair da minha pele, me dividindo do corpo da matéria. Ver que tudo fez, faz, fará sentido, que a vida é eterna, e a Terra é uma estação do destino.

Talvez seja no cochilo dentro do ônibus, voando em um balão, ao cair de uma altura de oitenta e cinco metros, após revelar um segredo, quando estiver olhando para o céu, no intervalo do trabalho ou acordada, que a vida cairá sobre em mim. No país das estrelas todas as estrelas feridas são recebidas.

Derrubando com o enorme painel da sociedade maquiada de materialização eterna que conspiram a fé fugitiva, que julgam não existir o plano espiritual e sim a neurose da mente, por não ser concreta. Não só eu passarei pelo caminho que todos verão que independente da fé a Forca Universal, sejam aos profetas, magos, ciganos, exus, orixás, padres... que o amor é que liberta.

 Que as frases possuem vida, destino, que unidos somos mais fortes, as correntes de orações possuem grande forca ondulatória sobre as camadas da orbe. Que no final tudo vira pó, não é por nada não que existam cisco dentro de livros, então que voe pó, não há como impedir, ao pó viemos e voltaremos.

 Mas enquanto isso, agora quero viver, há luas as quais não lati, sois os quais não me incendiei, tanta vida pra viver. Nada para morrer, e sempre nada morre, mesmo lá.


Samantha Schepanski 

Nove para o Universo

Nove para o universo, hora de brincar em parar a era devagarzinho. Desengomando as nuvens amassadas, para a eles deitarem e nu elas vem. Ela se via dentro dos olhos dele, se fazia parada para mergulhar dentro dos fulgurares. Mas o beijo, e o corpo nu pediam outro destino.
As nuvens, condensadas de vapor se tornam perigosas para o relâmpago de chuva, então se refugiam para outro lugar, mas levam as nuvens com eles.

Ela fica sem conseguir observar todos os movimentos dele, atenta, pois a mente ingressou em uma viagem sem passagem. Não se controla o selvagem, num calor, maiores delicias.
Vagavam bafos de calor, feito invisíveis bolhas de ar quente que rolam pelo sofá. Correntes de temperatura que atravessam a parede, arrastando calor pela cidade.

Sob um teto de loucuras, arranhões no corpo, sem tentativa de homicídios. A língua dele cruzava suas pernas, arranhava sua cintura. Chupao no terraço. Gigante, adentrava vida.
Corpos abraçados, suados sem espaço para uma folha de livro, embriagado no toque da mão. Enquanto isso, eles escreviam sua história. No quarto escuro escondiam segredos. Ela tem cheiro de papelaria ele de perfumo afrodisíaco, deitada no peito dele, ela perfuma suas páginas. Encostou-se na mente dele, invadiu sua privacidade, tornando-se sua realidade.

Ela com sua paixão por letras e sons, transformava tudo em poesia. Outras línguas dizem que é desnecessário por preguiça de traduzirem as sensações, dizem que são palavras difíceis de serem traduzidas.

Ele atira o revolver e eles caem, mas não por uma bala de verdade. Calavam-se os gemidos. Haviam flores nas mãos, longe do chão, ao sol fazer estrondo, em manhã feita de sorriso pão com manteiga.


Samantha Schepanski 

domingo, 15 de dezembro de 2013

Triângulos equilibráveis

Visualizado em qualquer momento o mundo está cheio de triângulos expostos e ocultos. Com humor racionalizamos as coisas e percebe-se o quanto estão visíveis nas posições das estrelas, as pirâmides, no voo dos pássaros que se encaixa com a ponta do outro, em uma meditação universal dançando pelos ares, na grande maioria dos tetos das casas.

Nessa escala mundial onde encontram-se os propósitos espirituais, lançando o destino espiritual que o mundo tem.

Invoca as energias de luz e boa vontade, as visualiza como circulando através dos três pontos focais de cada triângulo e fluindo externamente através da rede de triângulos que envolve o planeta.
Busque equilíbrio, medite e alcance seus objetivos.



Samantha Schepanski

Pra que barriga cheia do amor?

Homens querem mulheres bem resolvidas, prontas a enfrentar perigos nas curvas, com o melhor cinto de resistência. Que elas mesmas possam segurar e atacar os pensamento desenfreados, que saibam administrar os seus problemas com suas próprias mãos com sorriso nos lábios. E mesmo assim, estejam acessíveis a ajudar os deles.

Que romance seja o seu segundo nome, e selvagens elementares mas só com eles.  Mas acabam dando tanta liberdade, que elas se livram delas mesma, e deles, na ousadia, por se sentirem ausente de um amor. Mulher é o reflexo do homem que ama.

Então começam os jogos de exibimos de estimas, se jogando fora das partidas, distantes da realidade atual onde o amor é a necessidade maior, por não saberem lidar consigo mesmo e o orgulho ser do tamanho das oceânicas.


Juntos dançam a decepção musicalizada de desapego, enchendo o peito, jogando o cabelo. As crianças também começaram cedo, não dançam mais a Xuxa, dançam sertanejo. Onde estão as valsas românticas? Tocadas nos salões?
 Alguns românticos extintos dançam ela em silencio, é propicio pra quem se quer amar.


Samantha Schepanski

Sem lenço, sem documento

Houve um tempo em que buscou tanta liberdade, nos livros, discos, bares, amigos, amores, temores, flores, família, sensações.

Cansada de tanta intolerância nas pilhas expostas nos jornais.Deixava o vento soprar para onde o mesmo quisesse. De repente se deparou sem os  documentos, celular, e o cartão do banco.

Ao estar de frente da pergunta vindo de uma moça na delegacia, para fazer registro dos documentos que tinha perdido, soo uma voz pedido: você tem titulo de eleitor? Aí um pensamento pausado pousou sobre os olhos, "Quem eu sou?" 



Samantha Schepanski

Meus pêsames, ao teu desvaler

É muita cachorra vira-lata disfarçada de onça pintada.


Samantha Schepanski

Terceiro, partindo

Amizade
Sinceridade
Companheirismo
Segredos
Abraços
Traços
Mergulhos
Universos
Expressão
Escola
Esperto
O sol
Exposto
Manjares
Emergências
Pintar
Revirar
Reinventar
Pequenezas
Estremecem
Estrelece
Pessoas
Letras
Sensações
Estações
Revoluções
Florir
Rir.




Samantha Schepanski

Morte sonora

Se pudesse escolher sua morte, como escolheria? 
-Explodiria no mais absurdo profundo orgasmo da minha música preferida a todo o volume. Rasgando todos os pedaços da minha pele, assim ir para o espaço, descortinar o outro lado.
 No êxtase da vibração que faz querer evaporar, esquecer o mundo para ouvir a música sem mim. 


Samantha Schepanski

sábado, 14 de dezembro de 2013

Embriagues

Dizia ele que quando a vida se esvazia é preciso encher o copo. Arrastava as dores explosivas cantando os pneus, acreditando que o embaraço das partículas erguidas do chão bloqueassem os cenários passados. 

Erguendo a poeira, dando a volta por cima.  Assim seguia se perdendo na neblina de poeira, nas terras de Austrália com o Maverick cor de amarelo queimado, deixando rastros e pensos. 

Cazuza o entenderia ou o devoraria ao lê-lo.  Pena ele ter que fugir para poder se encontrar e para ouvir o som das águas que vem.

Ele queria ser como o Sol é livre sem usar algemas.


Samantha Schepanski 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Lista de Prosferidade 2014

Turbinar o sorriso,
Na música encontrar o paraíso,
Ouvir a expectativa intuitiva,
Agir com iniciativa positiva,
Vibralizar em tentativa afirmativa,
“Esquecer” um livro na praça, 
Ver graça além da cachaça,
Não fazer a barba,
Deixar a arma em baixo da cama,
Amar quem te ama,
Ler negroesia,
Vestir corpoesia,
Comer chocolate,
Beijar o que o coração bate,
Mas, não rasga o peito, por ser feito dele,
Libertar o peito, mente e beijar o vento.

- Prosperidade e Felicidade.


Samantha Schepanski 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Café e vinho das três

Cafeteiras e botequins,
Livros e vinhos,
Café recém moído, uva recém socada.
Tudo se torna aroma
Aos ares
A gente bebe,
Bebe-se.
Pequenez enobrecem e estrelecem
Dizem na primeira página do jornal.


Samantha Schepanski

Para e enconsta

Ele encosta o carro, apaga o farol, joga o cigarro pra fora da janela. Mas o cheiro da fumaça do cigarro continua impregnando nos dedos querendo cutucar o perfume dela, poderia esconder os dedos dentro da jaqueta de couro, mas o calor transborda e não há jaqueta alguma. 

Ela sai atrasada de casa correndo com o calçado na mão. Ao abrir a porta cifras de suavidade pelo ar, tocando aquele reggae manso dizendo querer só amor e paz e o olhar aceso como o pulmão da história dizendo controvérsias ocultamente. Velhos disfarces sonoros, cumprimentos, desamarram vozes.

Sorrisos explosivos em meias curvas provocantes. Ela pede pra ser levada pra outro lugar, longe dali, quilômetros distantes, mais perto dela.

Roupas incomodam o corpo, as tatuagens cheias de segredos começam a aparecer pelo corpo. Ela solta o sutiã, ele firma as mãos, braços querendo ficar soltos mas querem prendem-se, as pernas bamboleiam, mas não pela indecisão dos braços. Vestes desfiguradas pelos golpes e bagunçadas pelo suor.

No alto da noite atrás das folhagens das cerradas alfaces ouve-se os uivos saírem do carro, gritos selvagens sacudindo os vidros fazendo suar e balançar os ventos.  Rodavam pelo carro e os pneus nos seus lugares.

Tremem de tanto querer, de tanto pulsar. Ela adora as incríveis ruas e curvas, que ele a leva, que eles fazem. Quebrados soltam pelos bancos pó-de-me-ame.
A solidão dos bigodes de arames farpados varressem se transformam em algodão na pele da moça.

Ao alvorecer sem saber, já estão em frente ao mar que chama o humilde fiapo de água para sentir o sol cintilar. Os pescadores jogam redes enquanto o sol se ergue. E o mar lambendo a areia parecendo sorvete.

Mais uma data no calendário dos prazeres, deságua no peito, desperta a calma.


Samantha Schepanski 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Maturidade

São nas cordas da garganta que mora a maturidade? Ou na leveza da alma?


Samantha Schepanski 

Lucidez é lucifera

Me vê por favor um rum sem gelo, pode ser sem água, também. Lucidez é lucífera, não venha nomeá-lo em minhas garrafas, o mundo dos lúcidos pertencem aos desmotivados, embriagados da vida com bolhas de ressaca nos olhos, titulares da visão desfalcada.

 Eu preciso de vitalidade para rodar além do copo, quero abracar o mundo nem que seja com os meus fones de ouvidos, não posso me matar no mundo dos sãos.  Nascer é uma alegria que dói, o mundo para surgir precisou explodir, a mortalidade existe até o primeiro beijo e o segundo copo.

 Passar por dificuldades todo mundo passa, sofrer é para os fracos, já que no futuro sabe que tudo vai acabar, parte de cada um o modo como que vai sentir o vendaval levantar a casa de palha. Reclamar do que está se passando faz com que tenha que resgatar duas vezes mais forca para construir voracidade.Os lúcidos rezingam para se sentir seguros e assim caem segurando em si próprios sem terem certeza da onde estavam se segurando.

Os poetas não são profetas eles poetizam a tristezas, os músicos cantam as dores, os dançarinos dançam os desiquilíbrios, e assim ela se esvai no ralo das lagrimas.
Os sãos falam dos loucos e buscam neles o refúgio. Os artistas são considerados loucos por viverem em uma orbe distantes do demais, longe no pensamento o seu verdadeiro lar.
Por crerem na porta que vai se abrir, enquanto outros se gesticulam ao em vez de se derramarem na viola, se perdem no barulho das sirenes.

Aspas do olhar em linha reta lá estão os loucos na linha direita seguindo a indiscreta seta da luz, calcam-se os sãos, quem disse que os profetas não eram loucos? Assim vistos para alguns.

 Tranquilizam o peito em disparada de fúria calada na arte de se fazer sorte, fugindo dos modelos priorizando os horizontes. Assumem os pesadelos mesmo sem pontes, pescadores de alto mar, sabem que se enfrentam a brutalidade do pensamento são capazes de enfrentar tudo. Heróis de si. E os sãos? Em volta da televisão assistindo o filme da vida do louco.

Administrar o sucesso da vida é tarefa grande que se emboca exatamente para quem tem a loucura de acreditar.

Reponha-se, liste suas escolhas. Aqui encerra mais um poema mais não o seu problema. Último cigarro do maço, último gole de vinho. Se é isso que é preciso para firmar suas garras nas marejadas.

O garçom sorriu sem um dente, a felicidade não é difícil.


Samantha Schepanski 

Mestiçando a realidade

A poeta assiste Perséfone na vida da moça desabotoando a flor da vida. O enigma jaz nas letras em saber como estaria a vida dela nesse momento.

 Perséfone está vivendo sua vida? Ou ela seria seu antepassado? Seu destino estaria escrito assim como o destino da Deusa? Continuando a história escrita da Deidade das ervas, flores, frutos e perfumes? Ou pura coincidência de linhas? A Deusa da profundidade regendo a moça por ser tão profunda quanto ela?

Com os reflexos na carne e influências positivas e negativas refletindo na moça do século vinte e um, o passado remoto.

Mel de flor de laranjeira sobre o olhar intenso, fundo além de um poço escuro.
Possuidora de uma beleza estonteante, com uma sensualidade que não passa despercebida por onde passa, como Perséfones que enfeitiçou todos os que habitavam em Olimpo, tendo mira de sua sedução, Pírito e Adônis.

Vestida de intuição desnuda da cegueira das aparências. Busca o equilíbrio e se preocupa com questões ambientais. Mas possui medo de tudo e de todos.
A mitologia acendendo a realidade, a menina passando pelo o que a Deusa já passou. 
Perséfones foi raptada por Hades, deus dos infernos, e a leva morar com ele. Sua mãe negocia sua libertação e consegue que ela viva seis meses na superfície e seis meses nas profundezas.

Pelo mesmo pântano a menina está passando, sua guarda está nas mãos de sua mãe, mas outra pessoa está sobre controle de sua vida. Não havia sido raptada, mas o seu sorriso de verdadeiro sim. Hoje sua mãe negocia sua liberdade, e realmente daqui um tempo se der tudo certo, ela vai passar seis meses morando em outra casa, e nos próximo seis meses na sua casa inventada, ao ingressar na faculdade.

A menina ao assistir ao filme da Perséfones alargando a vida tão parecida e ainda um final feliz a poeta via a menina com vontade de sair pegando umas flores por aí.
Mas na verdade, fechou o notebook e foi dormir, berrando em mente a vontade de colocar Depeche Mode e ir dançar.

Enquanto a poeta lê tentando entender, e a menina se encontrar, telespectadoras do destino. Perséfone se lambuza bebendo néctar.

Será que vai dar tudo certo? A liberdade vai ser alcançada? Seria a Deusa querendo dizer, moça você não está sozinha?


Samantha Schepanski

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Reencontro

São Pedro escutava as batidas de um coração tocando o céu, sentia tremer, parecia relâmpagos de quando chove alegria, mas estava fora do seu controle.
Ao mãe e filha se reencontrem após anos, as ligações vibram. As linhas da saudade desaguam no parapeito da mesma carne.


Samantha Schepanski

Olímpico lar da nobreza divina

Os maiores Deuses Gregos se destacaram pela busca ao amor. Em vez dos cofres dos submundos, guerreados pelo poder aquisitivo que passa em mão em mão nas digitas dos mortais, como fazem os demais figurantes de egos obesos, se auto tornando impedidos de saltar os murros da cidade em busca da liberdade porque a alma está presa ao dinheiro, cortando as ombros e braços do amor.

Não pensavam em serem os chefes de polícia do universo, mas serem eles mesmo, falavam com o coração. Faziam o bom uso da arma maior dos mundos o amor. Lutavam pelo o que realmente trazia felicidade e em vez de sensações ilusórias, temporárias e quebradiças.

Entre escolher viver e sobreviver, escolheram viver independentemente se o sangue entrasse em contato com o ar atmosférico poluído por ódio ou não, escorregando sobre o chão. Em busca da vitória atravessam os fios da vida, defendiam segredos que rolavam cabeças.

Se desenvolveram com o seu desenvolvimento ao amor, a delicadeza bravejava todo céu.
O amor-próprio em negar de lutar pelo o que se sente não fazia parte deles. Revestido de músculos, intelectualidade e os cadeados da alma mística, o orgulho deles era ter o amor de sua vida encostado na sua pele. Marcados pelo humildade e não superioridade. Todas as suas riquezas foram conquistas, atraídas pela recompensa. 

Não foram as armaduras de latas que os marcaram, foram os amores. Distinguidos pela simplicidade, pela felicidade de verdade se vestir disso. Olímpico lar da nobreza divina. Um brinde de frutas mordidas.


Samantha Schepanski 

Tempo breve

Estrelas andam navegantes,
Distantes da noite, mas elas são da noite.
Longe de você,
Te cuido,
Pelos olhos cintilantes.
Me faço estrela.
Logo risco o céu em fração de segundos,
E caio no teu abraço.


Samantha Schepanski 

domingo, 8 de dezembro de 2013

De sol a sol

 Fones de ouvido e uma cerveja, parecem que não combinam, né? Da ares que fones de ouvido combinam com café e cerveja com caixa de som...  Era assim, mesmo que ela se sentia uma combinação de opostos. Gosta da suavidade do vento mas se apavora quando ele vem forte, mas não deixa de abraçar o vendaval quando vem, curte o arrepio que ele traz, mesmo em volta dele procura o equilíbrio. Ama a liberdade do homem e é apaixonada pelo romantismo da mulher. Ela é o elo, dos termos. Não se nega a vida. A intensidade de si mesma. Senso incomum.

Sentada na varanda olhando as nuvens laranjas esquadrinhadas. Ecoam palavras nas paredes do céu. Nova fase, Recomeço. Renovação. De volta pro presente.

E para acontecer, é preciso matar o medo, faze-lo explodir distante feito granadas que caem da montanha, à meia-noite. Pois decisões importantes ele vem a querer morder primeiro que a esperança. Um tapa do ritual do aprendizado, inspira e troca de órbita, refletindo no mar de nossas vidas, gatilhos de emoções presas do passado. Está na badalada de tirar os confetes do bolso, colher as próprias experiências.

Decidir se deseja caminhar como espirito livre ou esperar passar? Arrasta ao chão feito uma saia longa cheia de ambiguidades pedindo para ser vestida, sorrindo entre os brilhos. Mas inseguranças escravizam, a certeza é fatal, inabalável faz crescer. É preciso povoar a solidão, mapear os desejos e socorre-los. O desejo quando atirado as ambições é como um grito que acoa infinitamente no universo mental. 

Levanta e sacode a poeira, tirando-a do próprio corpo, seja uma lutadora que dança no fogo. Não tranque seu coração quando isso acontecer, saia das correntes, ninguém vai te parar.  É o engenheiro da própria energia.

Imite o tempo e voe, para longe do comum, levante as âncoras. Seja um desbravador da mente, ou serás apenas mais um. Pare com o complexo de vira lata, por favor... Mares e amares. Andar em uma nova vida, é como perder a virgindade, vamos tentando e tentando até nos adaptarmos e aceitarmos as transformações.

É preciso de um instante de coragem para encarrar a decisão de peito, levantando a espada ciente do que quer, por maior o asco que traga, os olhos da mente precisa estar abertos mesmo quando os olhos do corpo estiverem fechados. Um instante de loucura é a soma de tantas tentativas eternas. Proteja seu destino.

Não seja para você mesmo a falta que o trilho tem do vagão, as estrelas que sentem falta no céu da manhã. Comece do zero, mas de um giro  de trezentos e sessenta no que te aquieta a paz. Viver é renascer. Quando passar pelas aprovaçõesestará desfilando em cima dos próprios medo, agradecendo por tudo. 



Samantha Schepanski

sábado, 7 de dezembro de 2013

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Sinta, transpira e queime

Fogos bobos, fogos loucos.
Vermelho sangue, vermelho vivo.
Iluminam e queimam, dando claridade.
De seus poros saiam brasas de asas.


Samantha Schepanski

Hora de liberdade

Com as mãos amarradas ainda sentia os dedos dançarem, voarem, estraçalharem folhas com pergaminhos. Muitas vezes ao se sentir invadida pela prisão, bebia no mergulho dos olhos fechados o vento na janela do quarto. Observar a esquina das maravilhas a criança lambendo um sorvete.

Percebeu que estava na hora de partir quando as asas de mosquitos vestiam o chão, estavam atrás dos armários, da porta, dentro do pote de presunto, invadindo as lascas das janelas, em cima da mesa de vidro, ao caminhar pela casa variam-se elas, asas caídas, mortas. Elas caiam sobre as folhas abertas do caderno pedindo refúgio as letras para poderem voar. Não agitavam mais violentamente as asas.

Quando na verdade ao mudar de casa nunca guardou todas as coisas no lugar, enfeitou as prateleiras, pendurou os filtros dos sonhos, organizou o guarda roupa, sabia que o seu lugar não era lá. O porta retrato com sua foto na sala tremia incessantemente implorando por outro lugar.

Toda vez que a menina acordava ouvia as paredes estalarem o sossego. E o seu coração disparava, esquecia de como era boa a sensação de sentir o coração pulsar tranquilo durante encontrar-se dentro do sonho, ao acordar ele voltava parara a boca. Seus passos já haviam marcado a casa de cabo a rabo. E ainda não tinha se achado.  

Seus sonhos faziam filas, sonhos novos, invadiam não mais apenas as noites voadoras. Amontoados um sobre a calda do contorno do outro, querendo ser cometas sobre o espaço. Sonhos soltavam-se pelos cabelos.

Presa, possuía tempo de sobra para mastigar rancores, poderia comer os vidros dos óculos da sua vó, mas não. Sua mente já voava em outra dimensão, a onde o perdão abraça e tudo faz sentido. Estava de bem com a sua alma, por mais que o seu corpo sofresse danos e os olhos com as pálpebras confessassem.

Com a liberdade negada, imaginava desfilando entre as curvas dos lábios, nada detém o espírito livre. Nem mesmo o impasse do medo. Pois deseja-se ser cortejada pelo sopro do vento na mente correndo entre as veias, dizendo está tudo em seu devido lugar, relaxa.


Samantha Schepanski

Escola é um painel de tintas

Um encontro de festival de tintas é a escola, cores das mais sortidas, mergulhadas dentro de baldes pedindo por vida, todas pelo mesmo acabamento, sair da acomodação para pintar o mundo.

A Escola Zandoná com um método diferenciado compreende os diferenciais de cada um, versa ao aprimoramento, pois sabe que cada um possui um dom, um olhar de ver a vida, mas isso não faz nenhum se separar da realidade para viver. Nenhum é maior que o outro, nenhuma profissão é melhor que a outra, somos todos um. A união de tudo que nos é invadido.

Existem vários caminhos para contemplar o por do sol. Assim, somos feitos também, independente da idade, cada qual possuímos um ciclo tricotando a mentalidade e virtudes, que precisam ser avaliadas e observadas para chegar melhor ao rumo final que é o mergulho de dentro de si, onde ensina o outro com o que se sabe e multiplica com o do outro essa é a gradação das tintas. O rumo final que brinda com taças de vitória.
No mundo de todas as cores, a escola abriga cada composição. Na arte da liberdade de criar-se nos traços, e encontrar-se.

Tintas que pintam, tintas que tecem a vida e amortecem a escuridão, pintam paredes vazias, criam histórias.

As cores vibram quando são bem nutridas, as pessoas se destacam quando são amadas, as notas aumentam quando são motivadas. É preciso cuidado para não resvalar o balde e transbordar toda tinta, toda sua energia. E se desperdice entre os entretons da vida.


Samantha Schepanski

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Arrepios da música

A música arrepia quando serve o chapéu das letras e cifras? 


Samantha Schepanski

Vicie-se

Toda pessoa que já foi estuprada, estuprou.
Toda pessoa que já foi expulsa de casa, expulsou.
Energia existe para contagiar,
Compartilhe boas gargalhadas.
Vicie o mundo com amor, por favor.

Quebre as cores do desamor.
Toda pessoa que é amada, ama.
Festas seduzem os finais de semana.
Músicas invadem até a costela da alma.

O primeiro cigarro, inúmeras pontas no cinzeiro.
Álcool vicia Bukowski comprovava 
Ao beber e escrever.
Ele era feito de letras,
Vivia nesse cenário do imaginário,
E a bebida como sombra.

Cuidado com o que escolhe viciar-se.
Vicie em você, em se fazer melhor a cada dia.
O sol viciou o céu por isso a
Maioria dos dias não são de cinzas.

Vício nem sempre são trabalhos braçais,
A mente gosta de se fazer disposta, 
Em uma máquina de pensamentos delirantes.
Fazendo o coração bater mais forte.

Diga me você o que te vicia?
A vida, vicia viver, não saia da rima,
ajuste o calçado no pé e trilhe!
Vicie o mundo em você. 


Samantha Schepanski

Poesia no teu corpo


Quero escrever no teu corpo. 
Com hidratante corporal ou canetinhas coloridas,
A nossa poesia, depois lamber as palavras como os poetas fazem. 
Embriagar minha mão, enquanto transo com o olhar,
Na sensualidade do silêncio e no cheiro do incenso. 
Deslizar no teu corpo.
I hope so.

Samantha Schepanski 

Pense, alem...

A fúria do homem depende do voo da abelha.


Samantha Schepanski 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Sexo, pais e filhos

Falar sobre sexo é um assunto embaraçado, assim dito por quem não busca compreensão de si, não há como nega-lo já nascemos com ele, os instintos estão na pele.
Inúmeros cartazes, holofotes, comerciais, entre meias falas de filmes, palestras abertas, estão a disposição esperando atenção para serem ouvidos, e compartilhar do afeto verbal. Esperando uma vírgula para entrarem em cena no encarte.
  
 Há quem seja mais tímido, e cultive um impasse esperando alguém com que tome o primeiro passe em entender a quietude de suas profundezas. Outros, tagarelas, outros buscam humor nas palavras ao encontrar confiança a quem posso contar sobre suas dúvidas e fantasias, numa boa, como se fosse falar sobre a piada no papelzinho do chiclete, ou um assunto comum. Cada qual tem a sua personalidade, o seu jeito de interagir e se recolher.

 Como há também a versão dos pais, o jeito que eles se posicionam hoje é o cristal do passado, são cheios de crenças cristalizadas que passaram a guiar a vida mediante as informações que tiveram. Alguns possuem a mente extensa, permitiram abrir com o tempo. E outros, permanecem no tempo dos Dinossauros, melhor no tempo da Cegonha, em que falar sobre é algo desconfortável comportamento, gerador de polêmica, vergonhoso, como se um pecado. Do saco da mesma ideia de que rock n’rol é satânico, e os solos do Jimi Hendrix são suspeitos. Ideias ultrapassadas dos tempos. Sexo è importante, cheio de responsabilidades e prazeres.  Nele mais importa uma estrutura psicológica do que a idade.

Quando pais e filhos estão juntos com a oportunidade de abrir os cofres do universo, falham e falam sobre o córrego que acompanha a estrada, rosnam em vez de falar, fazem da piadinhas para tocar no assunto e assim dizem “filho temos total liberdade para falar sobre tudo”, e na verdade não tem nada. Apenas ironias esbanjando graça em vez de confiança, nadando contra o fluxo natural da vida.
Alguns pensam que os seus filhos estão na Porra-louquice da juventude, e não queiram nada com nada, e por vezes não se manifestem por não verem um quadrado do sofá vazio e uma compreensão para dar ar.

A liberdade de expressão é linda, e pode ter um relacionamento aberto com os pais, mais ainda. Muitas vezes, muitos se sentem inseguros para falar disso com as mães, mas é uma forma mútua de respeito e confiança que existe entre as duas partes.
Sempre abrolha aquela dúvida como ‘o que minha mãe vai pensar?’. Mas é fase de florescer crescer e para isso é preciso abrir-se. Principais erros são mentir, fugir do assunto e tratá-lo como proibido.

Falar sobre sexo com os filhos é um barral que muitos pais ainda encaram, seja por falta de tato, dificuldade em encontrar a linguagem apropriada ou pelo fato do assunto ser um tabu para os próprios adultos.
Os pais têm de encarar isso como uma coisa natural e responder às perguntas. Da mesma forma que for entendido como um assunto suave para eles, será para ambos, as energias vão fluir. 

Se um assunto subconsciente for tratado com receio, futuramente ele se desenrolara em um embaraço. Cuidado. O que pensa, é o que cativa. Tudo que é da vida é natural, acostume-se. Desenrole-se de si mesmo, veja a vida de outro jeito, te garanto vai te surpreender de ver tanto medo desnecessário. 
Crianças bem informadas e que têm liberdade para conversar sobre sexo em casa correm menos risco de sofrerem abusos. 

Talvez um esteja esperando o outro para tocar no assunto. Seja o primeiro a dar o passo antes mesmo que você jovem acorde com o pai batendo na porta do quarto com uma Jhontex aberta na mão, que estava perdida na penumbra da sala da noite passada. Perguntando isso é seu?  E com voz seca dele, sinta a altura da desconfiança falecer. E ouvir: Eu que achando que você fosse a(o) virgem da casa.


Samantha Schepanski 

Brilhando o olho

Conforme escrevia limpava a cor do olho.
Ele brilhava,
E assim lapidava-se.
Pequeno talismã.


Samantha Schepanski 

Uma ponta de água na minha areia

Você surge sempre do nada, no meio do bocejo, o atropelo. Sua personalidade volátil me lembra o mar, do teu vai e vem. Já não sinto mais o frio escorrer dentro de mim, pois sei das tuas partidas e das tuas voltas, como as ondas que vivem molhando a areia. 
Mas, não é  a areia que se molha.


Samantha Schepanski  

Terceiro ano

Um capitulo na agenda, um marco na história. Cenas irrebobináveis invadiram os corredores e as salas. O Sol permanece no mesmo lugar, porém cada vez mais quente e os alunos saem da escola levando os reflexos dele que pelas professoras foram repassados.

A energia de cada aluno é o que constrói a escola, o espelho no centro da aprendizagem. Tudo passa, mas tudo fica. As fórmulas decoradas vão embora, a soma dos sorrisos penetram na profundidade dos eternos segundos que ainda irão contorcer a barriga de suspiros ao rir, ou em mente.

A única cola da sala girando o tubo inteiro sendo emprestada mão a mão, o colega que ensina quando o calcule tropica, o ventilador distribuindo o vento, o tempo levantando vida.  Os sonos inquietantes durante as aulas que nem Freud aguentaria por não ter tido as oito horas bem dormidas.
A água na boca feito um diluvio de desejo ao ver o lanche preferido na hora do recreio. E os olhos revirando o teto ao ver banana. 

Os gritos nas sacolas da paciência ecoam pedindo as ditas contagens regressivas.  Ou um berro para ensurdecer o temporal das goelas reinantes, chamando chuva nas classes semicirculares.
Simplesmente a amizade que se faz lá dentro dos portões não se encontra aqui fora, é o convívio, o vício de ter tais pessoas por perto. É diferente do que amigos de festas.
Entre humores e mal humores o dia a dia, a rotina pedindo inventividade além das folhas de exercícios, entretanto nas formas de se relacionar em vínculos afetivos.  

Constatam a união e aprendizagem juntas em prova viva, que família é onde existe compreensão. Além de papel e caneta. E um tubo de cola, vai que cola. 


Samantha Schepanski

domingo, 1 de dezembro de 2013

Sem sonhos aborrecidos

Mate a saudade em sonho,
Espero que o sonho te abrace.


Samantha Schepanski

Cronômetro do pulso

 Quando o pote encontra a tampa, a vela a chama, o volante a mão, a maçã a sede da boca, eles sentem alivio como quando o homem encontra a chave perdida? Só o homem sente o prazer das coisas? Ele é a sensação da torneira que é aberta e jarra água? Mas ela não sente o alivio, pois é concreta. A abstrata forma do homem faz a realeza das belezas. Sentir é vida. O vento também pulsa?

Prive-se de entregar a felicidade nas mãos da matéria, se não é dela que vem o teu sorriso real, e nem ela sorri ao te ver. É tudo um sistema, se sorrir ou falar frases programadas, é porque alguém programou sem ao menos te conhecer, só pra te fazer comprar, mas isto, não o conhece. Sai dessa.
Quando alguém corresponde tua ligação, a sensação é maior que todo esse entulhe de bens, não é? Abrace as energias da vida, essa é a graça, e não as programações relâmpagos da estação.
Como só quem come possui o prazer ou a ardência no paladar. Sinta. Exista. A face do cronômetro da vida é vaga, vai além de números, enquanto ele mede o tempo não seja o ponteiro passando. Seja os segundos intensos agindo sobre os ponteiros tecnológicos.  Como fogo que queima na água parada, em um copo ou uma caixa de água.

 
Samantha Schepanski