Eles tinham medo que ela se
Drogasse,
Se afundasse,
Se matasse.
Por causa dos medos.
Mas tudo fazia parte do enredo.
Que estava vivendo
Se não o livro não iria ficar
Pronto, já havia muita gente na fila,
Esperando não passar
Do ponto.
Ela tinha de ser seu próprio norte,
Para assinar com tinta forte,
Seu nome.
Ela queria “lendar-se”.
Samantha Schepanski
Diretoria dos Lokos
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Moço dos versos
Quando a voz dela treme sinuosa,
Ele acalma, colocando as cordas vocais em linha.
De maneira flatuosa.
Quando o pôr-do-sol vem, ele a abraça com as pernas,
Peludas da Era das cavernas.
Com seus dedos grossos e ousados
Acaricias as costas.
Vendo a avenida passar,
A velocidade do tempo a se expressar.
Sentados nos bancos brancos da praça.
Quando o corpo dela retorce.
Ele a puxa aos cantos.
Quando ela saliva prazer,
Ele tira cada sílaba da libido
Que abriga a mente feminina.
Pelo telefonema de madruga,
Ele a localizam pelas
Constelações.
Os dois juntos são
Loucura de observações,
E olhares.
Ela faz poesias,
Ele faz rimas,
Com o olhar,
E as guarda na gaveta,
Pergaminhos deles.
Logo cada um
Pra sua casa
Um conversa em cada cama
Um em cada lado,
Do Estado,
Acabam sempre dividindo
O mesmo copo
Acabam-se na mesma cama.
Fazendo fogo no corpo
Um do outro.
Ela quem escreve tanta poesia
Acabou por virar um poema.
Frente e versos.
Na ponta dos lábios
De veludos.
Do cabeludo.
Samantha Schepanski
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
EU UNIVER-SOU
Inúmeras agendas abertas sobre colchão no chão batiam as folhas querendo criar asas para voar pela janela, os sonhos dentro delas, queriam trazer a realidade para a moça de cabelo cacheado jogado para o lado esquerdo. Essas coisas de ver a luz de fim de tarde laranja forte misturada com azuis de começo de noite, aqui e ali sempre tem um lilás e um rosa no céu, isso que dá vontade de pintar aos sonhos.
Sem saírem entre as grades vermelhas do portão da frente da casa, pois não gostam de se curvarem, gostam de morder as grades da intolerância em dizer que eles não existem, querem mesmo é voar. Aventureiros têm de querer a emoção de sentir as alturas, consideram e apreciam a queda macia, esse não é o seu medo, seu medo é de não sair do chão. Já nascem sendo planos por natureza, desde que um bebe ao nascer vem a encostar seu corpo ensanguentado nos panos brancos. Mas cabe a quem vive com eles plantar ou matar.
Sejam tolos os sonhos ou gigantes, pequenos, ácidos, suave, ou doces todos são únicos para o planeta por mais que sejam parecidos com o padeiro ao do jornaleiro, eles possui uma circunflexa diferente para se chegar ao cume, até abordar ao orgasmo da realização.
Cada corpo possui um mapa, nem todos caminham pelas mesmas pedras no mesmo caminhar, alguns já as chutaram, deixando livre para o outro, outros as acumulam num espaço secreto, outros nem passam por elas, saltam por cima. Todos já possuem experiências ao passar por elas, e as nutrem usando a força da tristeza, caminhando pelos quilates do entusiasmo. São tantos rastros no chão, carregando tantas histórias, indo para o mesmo lado, não há como generalizar todas, assim a toadamente.
O milionário de sonhos, contou para as cortinas da sala e o passarinho que o observava na sacada o viu, e veio me contar o que ele sussurrava, conversando com seus pensamentos altos. Que o que o mantém as pessoas avulsas no mundo é permitir sua alma sem suporte para concretizar. Pois constroem sonho em cima de sonho, e acabam por se tornar apenas sonhos.
Sonhos sentem sede de contrariar o mundo, mas os homens não bebem dessa água fervente, engolem as mentiras contagiadas de acreditar que o mundo é monótono e as pessoas são iguais, assim vivendo em gaiolas enfeitadinhas de mentiras. Por não pagarem o preço pelo o que se quer, mas se apegar a ideia de que se quer, deixando o Diabo fazer cócegas e iludir-se que ele não existe, para não sentir arrepios de gelos escorrendo sobre a espinha.
Com os olhos fechados tocam em sonhos, criando outros sozinhos de tanto sonhar, por que eles não têm medo do escuro, quem tem são os homens, que praticamente dormem em seus calabouços mentais, orbitando em uma existência dissonante, vagueando em nuvens, assim resvalando em sensações confusas, por não agirem, ficar tanto á imaginar. Esquecendo que eles quem precisam os acordar e são tantos.
A raiz tem que ser sempre forte para impedir as trevas de corta-la, ocasionando uma grave labirintite emocional, num piscar de almas.
Nada caí do céu, até a chuva se cria. Acelerar os cavalos do pensamento abrevia tantas linhas mal lidas. Decorar com a língua as falas dos filmes românticos todos sabem, quero ver é viverem essa realidade que a tevê é testemunha.
Não se transforme em sonho, você é um universo, criador, responsável pelo aceleramento da sua própria vida, dono da energia do seu mundo que contagia tantos outros. Se fizer isso, provavelmente os sonhos não agradecerão aos crentes de desilusão, que eles existem tão-só para os ricos aquisitivos. A maior riqueza constrói-se na alma e nenhum ladrão leva.
Nunca me deparei, ou ouvi falar de quem encontrou o seu sonho enlaçado na porta de casa, apenas um presente surpreendidamente do merecimento da vida, um bebê em uma cesta talvez, faça você por existir sem precisar alguém te julgar merecedor. Você nasceu já é um vencedor.
Samantha Schepanski
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Ironia dos dias
Calendário no fim de mês,
No início da semana.
Só serve para me deixar,
Confusa,
No meio.
Entre os números,
E dias.
Chegada e partida.
Comédia da rebeldia
Das idas e vindas.
Samantha Schepanski
Hot pr'a poe'squentar o dia
A voz daquela mulher combina mais com o timbre de mandar alguém se foder e de querer foder a todo instante derrubando cadeiras, agitando paredes, demolindo o chão. Seu coração vive pulsando como um tambor perdido dentro de um vulcão e ela é o vulcão.
Quando escuta sua música favorita enlouquece Arquimedes sobre a soma de uma série infinita de repetições. Sua jaula enlouquecedora as tardes de yoga é um apartamento, nunca está só, o teto conversa com o chão do vizinho de cima.
Encontros casuais e passagens de perfumes são o que mais se encontra pelo elevador. Seus livros preferidos são eróticos, seu gozo frequente é na penetração dos versos, enquanto as frases lhe servem o chapéu viaja o seu pensamento na sombra, olhando os discos de vinil suspensos pelas paredes, colorindo tudo preto e branco. Sua bebida preferida é afrodisíaca, seu temperamento é feito cocaína.
Em tarde raras de preguiça deitada no sofá olhando a janela que rouba quase toda sala sente vontade de voar feito um pássaro, apavorando a fadiga para povoar os ares com sua energia. Com sutiã e um shortinho daqueles que lambem a bunda nua, levanta-se, e se escorra na sacada. Desastrada! Derruba o copo com leite que estava tomando, então desce para buscar. Por onde passa deixa lastras de fogo, ela é vulcão.
Samantha Schepanski
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Reconheça-se
Ninguém faz ideia das toneladas de lágrimas
Que por ela foi jorradas,
Hoje vem o sorriso dela cheio de rimas,
Intensos, mas não vem o vendaval,
O rival, que trouxe a flor-de-carnaval.
Que passou para estar forte.
Como um oceano, largo, mas serenado.
Abraça sua independência e um par de chinelos.
Assim constrói seus castelos.
O navio um dia se decompõe
A carne humana também
Mas o espírito fica.
A energia não petrifica.
O Sol permanece raiando
A beira-mar embalando.
Areia e brisa
É sempre o que continuar a ser.
Por favor, deixe boas lembranças
Nos pés de areias.
Faça por você, os outros nada sabem de seus embarques.
Por onde andastes
E você vive para os outros.
Seja livre como um pássaro que canta alto
Além do asfalto.
Viaja com prazer
E não canta só,
Milagres de olhos estão sobre ele.
O que a fotografia não mostra
Para onde vamos amanhã
Mas a mudança é a aliança para a lança do futuro
Fazem-nos crescer.
E elos permanecer.
Não considere falha
O território gravado no chão
Trocar de lado
O mundo inventa rotação
O acontecimento que venta,
Na passagem somam heranças.
Conquiste da vida
Sem intolerância
Saiba fazer cobrança
Sem cobrar
Saiba jogar no mundo da bola
Que roda
E não rola.
Aprenda a rebolar
Quando a chuva caí no mar
E ninguém vê
Mas sente desolar.
Não trate como avalanche.
A neve quando quando cai em dia de sol
O que para a sorte é um lanche.
Em terra seca.
Mudanças, sempre bem vida
Aperte minha mão e viaje comigo
Menina
Seja de maneira,
Astrofísicas ou geológicas,
Por puro Darwinismo ou apenas coincidência,
Não deve ser lidada como fogo de munturo,
Receber como pão seco da vida.
A maturidade pede absorvência.
Intensamente guardada no gás cheio da existência.
Certas maturidades a gente só tem com muita loucura.
No mundo a fora
Os veículos feito cometas
Esperando por um milagre dentro
Da Igreja, onde estátuas empoeiras
Esperam o padre dizer amém.
Você se torna refém da sua fé
Acanhada da atitude assim e dormem
Com os olhos semelhante ao espaço
Que desejam ser tirados
Ao despertar, extraindo os ouvindo do modo tic tac. Aprenda a ser Rei de si mesmo, saber usar a magia
Toda ao seu redor, aprenda a se ouvir, e seja sintonia.
Do que quiser
Onde estiver
Antes de tudo se reconheça
Então seja!
Samantha Schepanski
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