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domingo, 24 de novembro de 2013

Santa fé materna



Existem palavras, assuntos que parecem pertencer só à mãe. Tal vez pela ligação ser além da umbilical, ela compreende cada curva da letra, declaração do rosto, as fomes da vida, a infinidade toda acanhada feito areia fina dentro de si, ela traduz. Com um olhar faz tudo se esclarecer, como partículas de vento solar que se encontra com o mar.

Guarda segredos, apesar de todas as correnteza, dá segurança que estará salvo, pois tem a mão dela. Não solta nem por um lapso de um relâmpago. Sabe que pertence a um pedaço dela também. É a gargalhada da terra ao ser respingada ao lavarem juntas a calçada. O permanente cabo-de-guerra entre o que é mais quente o bolo dela ou o colo.  

Aquela que te ama mesmo se estiver mastigando lagosta e saltarem palavras de boca cheia. Ensina a riscar estrelas no céu do chão e ser igual a uma no Universo. Conduz a passarela de saber para caminhar livre nela. Os primeiros passos sempre tão marcantes para a dança de passos da vida inteira. Quem corre as cortinas do quarto e diz, o mundo espera por você.

Faz viver historias que não entram nos papéis, mas não saem da mente. Junto com ela tudo brilha nem a luz da geladeira se esconde. A voz que ninguém substitui no mundo, ou em outro plano. Revela que o infinito não é um eterno oito deitado. Mãe  é Mãe.  

A saudade que faz viver.


Samantha Schepanski

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