Haveria os poetas nascerem em carne de homem
Rasgando os tecidos de dores,
Para revestir o corpo de luz.
Por estarem cansados da monotonia da vida seca?
Ou por serem fortes, como as letras sensíveis dizem?
Quão bons fingidores,
Fingem-dores, sabores.
Sabem como escrever amores
Por já terem sentido na veia do ósseo
As camadas de sentimento mais denso
Escorrer pelos poros dia-dia,
Sopro por sopro
Os excessos de sentimentos
Esvaindo por serem suprimidos.
Poetas modernos, não choram mais por amores inalcançáveis.
Mas, por viverem vazios e quererem se completar.
Um olhar diferente.
Amor-tecidos.
Tecem-se para curar as asas quebradas.
Samantha Schepanski
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