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domingo, 24 de novembro de 2013

Lanternas vermelhas

O mundo em lanternas vermelhas, pessoas e almas com as mãos nas cabeças mudas gritando por socorro, só correm... Com mãos em alto em disparo e soluços mentais, sem deixar serem tocadas por desconfiança. Impedidas de irem muito longe, por causa das pernas tremulas, e de alguém que toque nas mãos, para parar para compreender o porquê de tanta revolta. Assim são interpretadas de qualquer jeito. 

Sinos de Jerusalém, Revolucionários, Homens Bomba, Cavalaria Romana, Solo Elétrico da Guitarra discutindo com o Cavaco, o Morro do Alemão, Meu Quarto, Batimentos do Coração, vento selvagem para todos os lados. 

Um pedaço da cortina em cima da dobra da janela parece ser uma aranha azul, tudo assustador. Não entendo como as paredes não explodem. 

Os Deuses gregos entendiam muito de tragédia, desde os tempos remotos está tudo descontrolado, e correm atrás do controle, só correm...

Segurando tudo no peito, pelos ombros já estarem cansados. Ruídos de fome no coração em vez de ser no estômago. Tudo está fora de domínio. Sem querer assustar aos que estão nesse mundo e não vem o desastre, escavo em mim, para encontrar forças e poder compartilhar, para não ver o mundo desmoronar.

 No instante em que se é preciso ser ouvida por alguém, não converso comigo, ouço-me. Muitos perdem as visões porque não veem, acreditam que é preciso tocar. 

Considerada louca, por não pirar juntos, e correr junto com os que só correm.  Cansei-me deles, quero paz.

Qual é a deusa grega para o amor que vibra com a vida, e não dói?
  


Samantha Schepanski

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