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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Verdes mares

Um gole de whisky e um cuspo na solidão, Valentina sentia-se mais linda na depressão no verão. Com óculos escuros agatinhado, borram as a cor nas lentes do óculo ao mirar seu vestido marrom da Forum, de modelagem livre. Livre o bastante para contornar o corpo todo nele, acobertando os pelos saltados ao orgasmo a voz do Johny Winter tocando na rádio.

Na janela da casa observando a vida lá fora, invejando os pássaros como nunca. Algo berrava dentro de si, a sua liberdade. Repetia infinitamente, em linhas e linhas, já como impulso um tanto cintilante.

 Quando se deseja liberdade não existe grade no chão, que impeça o homem de escapar dos cupins da mente que dilaceram os medos, criando o monte de ilusão.

Nas nuvens os Deuses fazendo amor, nas mais variadas posições, elas constatavam nuas,
 Enquanto Valentina com halls preto lembrando o gosto de quem quer bem. 

Aos poucos surge um velho agregando em seus passos o rock clássico, com uma camisa verde berrante anunciava nunca é tarde para ter liberdade. Verdes marés... Na mão esquerda uma maleta de couro, escondendo o cofre que curva para cima os seus lábios, ou o pedaço de um braço de um homem. Vai saber, mas o gingado de como anda diz que há algo de suspeito.

De repente passa uma mulher de uns 40 anos, caminhando sobre cotidiano como se carregasse pedras nos ombros, seu olhar declarava enciumado ao ver Valentina no conforto fresco dentro de casa sentada no braço do sofá.

Enganava-se ela, daria os fios dos cabelos, para estar lá fora para realizar as fantasias em mente.  Pois bem, ninguém sabe de ninguém, mas esperanças todos têm. 


Samantha Schepanski

domingo, 24 de novembro de 2013

Livre ser

Liberte-se,
Livre-se,
Livre ser.


Samantha Schepanski

Estimulo


Estimulo não é ao contar para alguém um bom ganho, ser vangloriada, é ouvir você pode mais. Se estiver bom, poderia estar melhor.


Samantha Schepanski 

Lanternas vermelhas

O mundo em lanternas vermelhas, pessoas e almas com as mãos nas cabeças mudas gritando por socorro, só correm... Com mãos em alto em disparo e soluços mentais, sem deixar serem tocadas por desconfiança. Impedidas de irem muito longe, por causa das pernas tremulas, e de alguém que toque nas mãos, para parar para compreender o porquê de tanta revolta. Assim são interpretadas de qualquer jeito. 

Sinos de Jerusalém, Revolucionários, Homens Bomba, Cavalaria Romana, Solo Elétrico da Guitarra discutindo com o Cavaco, o Morro do Alemão, Meu Quarto, Batimentos do Coração, vento selvagem para todos os lados. 

Um pedaço da cortina em cima da dobra da janela parece ser uma aranha azul, tudo assustador. Não entendo como as paredes não explodem. 

Os Deuses gregos entendiam muito de tragédia, desde os tempos remotos está tudo descontrolado, e correm atrás do controle, só correm...

Segurando tudo no peito, pelos ombros já estarem cansados. Ruídos de fome no coração em vez de ser no estômago. Tudo está fora de domínio. Sem querer assustar aos que estão nesse mundo e não vem o desastre, escavo em mim, para encontrar forças e poder compartilhar, para não ver o mundo desmoronar.

 No instante em que se é preciso ser ouvida por alguém, não converso comigo, ouço-me. Muitos perdem as visões porque não veem, acreditam que é preciso tocar. 

Considerada louca, por não pirar juntos, e correr junto com os que só correm.  Cansei-me deles, quero paz.

Qual é a deusa grega para o amor que vibra com a vida, e não dói?
  


Samantha Schepanski

Pássaros na mente

Na mente se ouve o som de pássaros cantarem voando entre o céu e a atmosfera. Trocam de posições durante o alce do voo, improvisam linhas, e não riscam o céu. A mente floridndo pedindo um pouco mais de ar. 


Samantha Schepanski

Risco o tchau

Detesto a hora da despedida

Ainda não chegamos, lá.

Nem espero, por ela.

Mas o seu tchau

Das páginas diárias

Do nosso capítulo

Me faz detestar

E querer adiar

Cada segundo.

Não precisa

Beijo na concha das mãos,

Mas o abraço mais violento

Letalmente lento.

Prazerosamente ouvir o barulho

Dos ossos quebrarem

Pra me aquecer

Enquanto não estiver,

Me juntar.

Teu cheiro fica como mancha na roupa

Você vai embora

E a porta fica entreaberta

Por mais que a trinco esteja na porta

Te espio na mente.




Samantha Schepanski

Seu nome, seu poder

O seu nome não são apenas letras, repita em voz, e ouça. Grafite de tom por onde passar, marcando ele com os traços de sua personalidade, para quando morrer o corpo estiver embaixo de tijolos, e o espírito em outro vagão, vala a pena ser lembrado, pois quando se morre o que fica é a energia, e o nome é o calculo de energia que existe em você.

Ao vir ao mundo, deu a nascença de uma vibração poderosa, ele é a sua proteção em frente aos estímulos que a vida lhe apresenta. O que desvenda todos os mistérios kármicos que a envolvem. 

 Não precisa picha-lo em murros, comece no papel a reprodução. Faça-o ser dito, comece por você, ao se reconhecer, alastrar aos ventos para ele se propagar e a prosperidade vir conhecê-lo. Tenha personalidade forte, para protegê-lo, ao vir brilhar como o sol e as sombras quererem mudar a fonte do tema. O nome é a única coisa que se tem na vida, e leva além do caixão, se coloca na balança, e energiza outra vez.

A voz atraí, a palavra grava.  
Meu é Samantha Schepanski, e o seu?


 
Samantha Schepanski

Santa fé materna



Existem palavras, assuntos que parecem pertencer só à mãe. Tal vez pela ligação ser além da umbilical, ela compreende cada curva da letra, declaração do rosto, as fomes da vida, a infinidade toda acanhada feito areia fina dentro de si, ela traduz. Com um olhar faz tudo se esclarecer, como partículas de vento solar que se encontra com o mar.

Guarda segredos, apesar de todas as correnteza, dá segurança que estará salvo, pois tem a mão dela. Não solta nem por um lapso de um relâmpago. Sabe que pertence a um pedaço dela também. É a gargalhada da terra ao ser respingada ao lavarem juntas a calçada. O permanente cabo-de-guerra entre o que é mais quente o bolo dela ou o colo.  

Aquela que te ama mesmo se estiver mastigando lagosta e saltarem palavras de boca cheia. Ensina a riscar estrelas no céu do chão e ser igual a uma no Universo. Conduz a passarela de saber para caminhar livre nela. Os primeiros passos sempre tão marcantes para a dança de passos da vida inteira. Quem corre as cortinas do quarto e diz, o mundo espera por você.

Faz viver historias que não entram nos papéis, mas não saem da mente. Junto com ela tudo brilha nem a luz da geladeira se esconde. A voz que ninguém substitui no mundo, ou em outro plano. Revela que o infinito não é um eterno oito deitado. Mãe  é Mãe.  

A saudade que faz viver.


Samantha Schepanski

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Estrelas no Universo, nós na Terra

Já parou pra perceber que à medida que se busca conhecer as estrelas, passamos a se conhecer? Seria porque somos estrelas também? Ou boa parte do pó delas que nós fazem seres de luz? Tão forte a energia do universo que começou a se expandir em nós.

Caiu a ficha,
Máquina resetada. 


Samantha Schepanski

Brincando de amor no elevador



 Elevador. 
 Eleva o amor
Parte a dor
Ela leva
Amor
Assim
Eleva.
Pequena
Eva.
Assistem
O telespectador
Aplaudem!
Até o
Assessoristadeelevador. 


Samantha Schepanski

Eternos poetas



Quando faltam poemas, se vê poesias. Ônibus cheio, panela vazia, a maresia do dia, a gandaia bebendo água de cocô, o soldado e o seu sentido, ouvir o barulho dos corpos durante o sexo, a pipa e o vento, as ruas brasileiras, a mão que enfeita o colo...

 Ser humano é uma poesia ambulante. Um cérebro capaz de realizar bilhões de conexões diferentes. E nunca está pronto. Se poesia fosse feita pra ganhar dinheiro existiria uma fábrica de poesia ou pais incentivando os filhos para irem à faculdade de poetas, e teriam orgulho como os quais estudam medicina.  Poesia é poesia por aí já basta, já se explica.

Desde que me entendo por gente, não entendo porque tem gente que só busca poesia quando a vida está vazia, nadando em rancor. É como rezar somente quando a água bate na bunda.

A quem não se estimula a pensar positivo em um céu de tortura, que logo passa e o céu abre em uma beleza extraordinária, mostrando um poema escrito nele.

Quem não sente a vida pulsar, vem a falar que não existem frases carnavalescas no sobrevoo de um pássaro no dia a dia, sobre um poste. É como objurgar que para se ouvir reggae tem que fumar um baseado, para poder sentir o som.

Poesia não é ilusão, nem massagear o peito de lágrimas, mas sentir as infinidades dos segundos, um tanto maluco, ler isso para quem não aprecia poesia.  

Escrever poesia se assemelha a uma pescaria de letras e sensações, mas precisa ter cuidado porque o feijão no fogo pode queimar se não cuidar. E se caso queimar, vale a pena aprender com os poetas aproveitar o feijão queimado para fazer um virado de feijão, bem temperado para cobrir o gosto.

Pessoas que só procuram poesia quando a chuva vem, são dependentes de alguém para serem felizes, que ainda não aprenderam a serem independentes de si para se amarem de verdade, se beijarem em linhas, se reconhecer em frente o espelho. Como quem bebe sozinha, sem medo da tontura longe da tortura e dança conduzindo os seus desequilíbrios, descartando medos e desbrava devaneios... Pessoas que não se cansam da vida e inspiram as outras.

Café e poesia movem montanhas. 


Samantha Schepanski

Ainda...



Enquanto houver uma única borrifada de perfume, lembranças dentro de um vidro. Haverá chance de encontrar o velho passado. 

 Samantha Schepanski