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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Percorrendo dentro de mim

Hoje eu acordei com o quarto escuro, as estrelas neons do teto já estavam apagadas, nem uma fresta da janela havia correndo pelo centro do tapete indiano franjado para tentar interpretar o abuso dos florais. Então me espreguicei e abri os olhos da mente, resolvi despertar além do despertador berrante embaixo dos quatro travesseiros. Liguei o computador, para acordar o mundo com música, tomei banho com a janela aberta e o Box fechado, enquanto o sol sorria.

Ao me olhar no espelho me senti com o rosto como se tivesse ganhado três anos há menos, após uma noite de sono bem adormecida. Passei-me hidrante no corpo como se estivesse visitando cada país do mapa, não eram seis da manhã, mas era cedo do almoço, prendi a toalha branca estampada com símbolos asiáticos no cabelo puxando as sobrancelhas para cima quase se encostando à testa, seduzindo o meu cachorro, e com salto alto, fui lavar a louça, e lavei tanta coisa.

O corredor de madeira ilustrada do lado da cozinha era onde dançavam os meus pensamentos, guiando as narrativas formando um ambiente ilusório do xote do Falamansa, a dança da elite no período do Segundo Reinado.       
Logo os Schepanski’s chegaram com as compras do mercado, colocando-as sobre a mesa, por verem o meu humor documentado na testa, e com as músicas sendo quase a tradução do endereço da casa,  pediam de cara já a sobremesa invés do almoço, mas me abstive por querer continuar a cantar.

Copos sobre a mesa, e um pedaço dela sobrava sem nada em cima, em seu vidro refletia o céu azul expandido de nuvens vistas através do vidro da porta, foi o necessário para meu eu começar a conversar comigo, sentindo a repercussão mental ao nutrir-se de pensamentos positivos, pois através de um estresse positivo, o indivíduo experimenta uma sensação de relaxamento.

Assim, mais uma vez, assegurei em valorizar a minha liberdade, usar do  livre arbitro sem precisar se acostumar com a situação, enquanto o tempo passa, aprendi a me reinventar. Ser resistentes às sombras que por vezes cercam e não são das árvores, das nuvens pelo horizonte, são mais escuras e frias.

Já fui tão presa em minhas agonias que o mundo submergia que atualmente me libertei, deve ser por isso que as minhas lágrimas não escorrem mais com facilidade quanto antes e ao força-las, por já terem caído de mais, aprendi a me levantar, só que agora acabei descobrindo outro andar distante do rebaixamento de negar quem eu sou, e não precisei fumar nem um cigarro.



Samantha Schepanski

Toques do violão

Percebi que estava fria, não ao passar a forçar lágrimas para chorar enquanto assistia filmes de romances ou ver em minha frente às cenas que eu queria para minha vida, e não eram minhas, mas quando os toques dedilhando o violão mexiam mais comigo do que as palavras, por todos dizerem as mesmas coisas, mas poucos conseguirem tocar.


Samantha Schepanski

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Iemanjá, nas ondas terrenas

Sorrir no parapeito do minuano é mais prático do que ficar reclamando tentando encontrar justificativas as parábolas cadentes.

Estender os desejos na bandeira branca deixar o vento balançar e correr com ela pelo mundo, mostrando pelo o que a felicidade grita, vai além, pois preocupações excessivas não deixam a mente pensar em busca da ancora da solução, e não movem os pés do chão em meio às ondas.

Beber um copo de flores brancas, invés de um pileque com alguns cubos de gelo, salvaram estômagos e suavizaram letras soltas direcionadas a terras distantes.

Iemanjá mãe da vida e do Mar abraça o oceano, enxuga as lágrimas doces dos homens, escuta os ventos dirigidos por Iansã, vare com as suas ondas para longe toda a carga do mundo, para longe... Para onde será que leva? Nas profundezas oceano? Mas será que lá é seu Reino? Será que o mal fica preso em grandes embaixo das águas? Para onde será que ele vai? Para onde será que vai o cometa do meu pensando ao voar positivo?

Para onde nós dois vamos?



Samantha Schepanski

In-quer

O inquietante é ter que ficar toda hora se quietando...




Samantha Schepanski

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Frio sem gelo

Sacolas plásticas com as suas asas estendidas volitando pelo ar, dia do miscigenado de chuva e ventania, as pessoas alargam-se a agarrar as cobertas, adiar o despertador odiando com todas as raivas em seu primeiro item, o banho quente matinal se transforma em medição, descarregando as ondas falarias mentais. E mesmo assim, depois da água cair sobre a cabeça, estar de roupa limpa, os neurônios continuam bagunçados, praticamente em coma sentimental, interpretando o seu cartório intimo, os discos que tocam na sala de estar, no carro são semelhantes aos de quem mora sozinha em apartamento, deixa tudo pé-da-vida.

O jardim florido primo do jasmim, se transformam num Jardim de cactos, em dias frios se torna infrequentável, como se não houvesse mais flores por lá e não fosse possível beijar em baixo da chuva, o sorriso de 8 graus se esconde.

Tudo isso é falta do calor do Sol? Porque ele esta coberto de nuvens, as pessoas tem que se cobrir do mundo e dormir, até o tempo abrir? O frio é uma classe de timidez ousada, treinar os melhores chocolates quentes, até encontrar o ponto certo. É propicio para a aproximação das pessoas, porque que elas tendem a se afastar? O ser humano é um bicho complicado, louvado seja o humor, para que possa massagear o sorriso.

É vez de tirar todos os aparelhos da tomada, trocar o e-mail por uma carta escrita à mão e levar até a pessoa, sob a chuva, o frio não pode esfriar, é tempo de se alimentar só de energia existente em seus corpos.
Em dias de chuva ninguém se aventura de caminhar por cima dos paralelepípedos por quê? Guarda-chuva preto é a frase do tempo, porque não utilizam guarda-chuvas coloridos? Não, é praticamente para sair como um palhaço todo pintado, com o calçado 55 pisando na calçada se esquivando das poças de águas que veículos explodem por cima.  Mas pra ter a alma colorida, não perder o brilho no olho de criança, de rir das dificuldades, e se desafiar.
Abraçar todo mundo, e não se sentir sozinho mesmo sendo indefeso.


E antes de cair na cama passar o melhor hidratante porque não escorregam no suor como no verão, penetra, e se esconder nas cobertas, contagiando os lençóis de um único perfume, não deixar nem a ponta do nariz e dormir, e rezar para que o amanhecer seja feliz.



Samantha Schepanski

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Multipliquem os pólens

Humanos os boxistas da luta entre razão e emoção, sendo visto por alguns como uma imagem amplamente contraposta, falando sobre um campo onde os conceitos não se fundem, um quer ser o maioral do outro, esperando o final da história para erguer o troféu dourado, articulando eu estava certo, desde o início, se lembra?

Como há quem equilibre as simetrias das diferenças após ter um estudo vivido sobre elas, e passe a crer na ligação entre ciência e a religião, como na química cientifica entre os corpos também existe o sentimento pregado na fé, quando as pessoas se amam.

Se não houvesse religião na ciência as bombas que foram criadas estariam até agora ao saírem da produção pronta para bombardear terras vizinhas com as pessoas por lá a circular, meramente porque alguém gastou dinheiro ao comprar isso, e soltará, por alguma ideia infortuna, só por fazer, sem sentir.

Pensando com os meus botões, me pergunto se só existissem ciências as pessoas seriam capazes de amar? Se todas as pessoas fossem racionais para amar, porque fechariam os olhos para sentir? Os machistas seriam dignos de um grande amor, não fundamentalmente contado pelos romances de Nicholas Sparks, mas se eles submetem as mulheres, como o amor se envolveria? A música teria o mesmo efeito sobre as sensações? A natureza seria a mesma? Como seria a comunicação dos homens?

A frieza seria a linguagem universal do mundo? Os poetas morreriam de fome? Os cães de rua seriam invisíveis? As folhas secas de outubro não seriam as únicas a rodear pela cidade? As escolas transmitiriam o conhecimento apenas sobre cálculos? O mundo seria mais desenvolvido?
Humanos tem coração e sangue, por isso agem pelo impulso das emoções, e pela dose de emoções que são depositadas neles, são emoções, explicitas ou implícitas. Fingir o que sente, é afogar-se em amofina, suprimindo-se por questão em dizer que é forte o suficiente para não sentir, negando ser da cadeia humanitária.

 Grandes líderes antigos conquistaram cargos através do amor de uma mulher, para surpreendê-la, ou até mesmo pelo incentivo dela.
A vida é uma mistura de tudo, passado, presente e futuro, mas lembre-se não somente isso, há o oculto.  Ninguém sabe mais que o outro, não é só embaixo da terra do cemitério que se prova isso, então para que tratar os sonhos como vermes? Se a vida leva tudo, leve com você coisas boas. Pra que cultivar o nó na garganta se a vida é liberdade?
 Mas, tudo bem, nem todo mundo acredita em espíritos, nem todo mundo está aberto e pronto para a verdade e para sentir.

O bem e o mal, razão e emoção assim como Yan e Yang, não são necessariamente coisas antagônicas, como se fossem duas línguas. Não alegam sobre coisas imprevisíveis, como a curva no universo, perguntas sem respostas, eles apenas existem, e a dificuldade é saber lidar com eles em todos os sentidos.

Ciência só é prática, o homem é a descarga elétrica do universo, é o pensamento, e justamente o pensamento traz emoções, ele não é frio, ele esquenta tão bem os neurônios quanto à alma.
E o maior erro do homem é a forma com que lida com o pensamento, não é dinheiro, mas a maneira com que trata si mesmo e os outros, como enxerga e faz para conquistar.
 O homem só porque pensa se acha superior aos animais, mas ele é um animal regado de perfume. Aliás, como afirmava Aristóteles, ’’um animal político. ’’

Nesse mundo, onde poucos sabem sovar as ambiguidades, transformando os potenciais positivos dos opostos formando em um único, muitos se matam no campo de guerra entre razão e emoção.
Mas, para por aqui, pois a minha vontade é chamar Martin Luther King Jr., para a escrever que a liberdade está no amor.
Sei que existem pessoas frias, por isso prefiro ser quente da cabeça aos pés.




Samantha Schepanski

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Olhos das letras

Percebe-se o valor das coisas ao expô-las no papel, pesando nas linhas finas com os pés na realidade, sentindo, abrindo os olhos vendo além dos holofotes.



Samantha Schepanski

Leveza vem da natureza

Complicado é quando sobe e desce a ebulição de palavras na garganta por estar cheia de frases em vez do coração e serem medidas, não ditas, amar e ter que desamar. Para, para pensar está tudo oculto, e as palavras ainda não saíram.

Homem não vive da espera, apresentando sol no céu ou não as feras precisam serem soltas, existem as feras do dia e da noite, como o hálito de mel e o hálito de mente. Os passos precisam prosseguir, as sinaleiras abrirem o sinal, e o coração relaxar como as notas do violino expressando o sentimento nos acordes sentindo as vozes do som, mesmo sem letras flutuantes, expressando tudo o que violinista deseja, mas para isso é necessário de alguém que saiba sentir.

Tudo já esta pronto em mente, tinta e poesia, instruído, pena é ver tantos iludidos, escondendo-se por medo de sentir, calando o mundo, até o sábio quando se enche se torna vazio. Tudo na vida é simples, para ver o sol não precisa de manual.



Samantha Schepanski

Todo vez, é vez de decisão

Quanto maior o positivismo vai existir o negativismo para tentar abraçar e sugar as forças em cheio, mediante disso se fazer provar se realmente existe a força positiva, para poder fortificar e aumentar o campo vibratório. 

Não existe cabeça feita, existe cabeça decidida do que quer, pois em momentos passará por situações que as certezas vão ser abaladas, como uma sombra escura que deita sobre o corpo no escuro do quarto sufocando o pescoço, tirando a voz.

 Como também ideias incendiando a mente de luz, aumentando a cada nova descoberta, e vida é descoberta, esteja sempre de alerta.


Samantha Schepanski

Olhos ativos na academia

Corpos opostos suados, um em cada esquina vertical dentro da academia, suspirando e transpirando em intimidade por cima dos aparelhos, e o desejo é de estar trocando os mesmos suspiros boca á boca, enquanto tentam controlar a intensidade dos exercícios.
As paredes encobertas por espelhos pegam no ar os olhares e as sensações, com mais emoção do que os olhos das câmeras.

Bronze destacado no corpo com a roupa cinza, justa, longe do padrão do conforto a onde o suor se esconde dentro das roupas, pelo contrário são bem visíveis, tão escancarados quanto à transpiração que escorre do rosto. Com o rabo-de-cavalo amordaçado no alto, aceita o rosto livre, ainda faz charme quando a franja cai no olho ao levantar a sobrancelha, e o ventilador assopra na marquinha de biquíni dando as caras à nuca gravada a tatuagem do infinito.

Ela deita o corpo tremulo no Leg Press, após ter feito agachamento com cargas de ferro, eleva as pernas no alto enquanto o cérebro respira, e o som de Ausdioslave treme os fios elétricos presos nas madeiras no teto da academia.

As músicas de lá, por vezes são protegidas pelo cão Taysson, dos ladrões que fazem buracos nas telas de arames que protegem o pátio, a noite para invadir o campo de concentração dos músculos e dos olhares as paredes enquanto os músculos vibram, ganhando vida.

Ele com os olhos penetrantes negros concentrados aos movimentos nos aparelhos, entre uma série e outra, lança os olhos á morena tatuada que também o flerta de olhares falantes, mas eles se recolhem em segundos por gosto de acariciar a atração.  

Séries concluídas, ela vai para um aparelho da direção do dele, ele a segue no olhar, vai para um aparelho na mesma fila, e assim seguem boa parte do torno inteiro, mas não fazem o treinamento um do lado do outro, porque os aparelhos para pernas, glúteos, panturrilha, são do outro lado da onde se treina o braço, por isso só seguem a mesma linha, na mordida do olhar.

Os ponteiros do relógio pulam, e os dois se deparam com os pés direcionados para treinar o lombar, a onde o frio na barriga é tão intenso quanto quando as costas inclinam para traz. A quadra esperada, suarem no mesmo lugar, mas não juntos, e a vontade é de caírem como uma luva, um no tipo físico do outro.

Treino tão concentrado, quanto à música nos instrumentos, que esqueceram que poderiam conversar no bebedouro.

Fim de treino, os dois corpos chuviscando suor, se entreolham, no fecho da música, e os dois saem pela porta vermelha, a boca da academia, de mãos dadas os dois são namorados há três meses, entre eles tudo é tão quente quando o treino de musculação, e por mais que entrem no carro arrasados de cansados e o vento sopre no rosto descendo pelo corpo, eles não esfriam.




Samantha Schepanski

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Além disso

Sua história começa a ser contada agora, portanto comece a escrever.



Samantha Schepanski

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Mar pensativo

Dúvidas, explodindo os versos, silenciando os lábios, alagando a mente, elas aqui novamente brincando de esconde-esconde entre as sensações, como crianças que brincam de pular por cima dos planetas em noite sem sono.

 No horóscopo diz que vai ser mais uma quinzena de recife incerto. Logo, eu estava quase acreditando que nem estava confusa, que era tudo coisa da cachola, da mania do prazer de alvitrar, por sentir no coração escorrer suor, entretanto as palavras de pé nas linhas e de conhecidos agitam toda a minha certeza incerta.

Mania de entender as ondas pensaria das almas, e por isso ser julgada insana de doidice, por ver além da movimentação dos corpos sobre a terra. Deve ser de tanto ouvir os hinos de Bob e ficar estranhamente ligada á mente e desfoca das falanges das fofocas.

 Águas em ondas turbulentas sacodem a beira do mar, mas não o oceano. Acendo um incenso pela casa. Como diz o provérbio latino " Corpo sano, mente sana", desse modo vou perfumando as ondas, daqui que me arrestam até lá, assim me acalmo nessa marejada, que não sei se vive só na minha cabeça. Admito, que se, as pessoas envolvem-se menos em minhas ondas, seria mais fácil de me resolver, de me ver. 
Tentam traduzir as minhas ondas, mas são apenas águas, iguais as deles, é tão natural. 



Samantha Schepanski

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Longe das regras

Uma mochila nas costas por cima da camisa dobrada, sob um boné com a aba voltada sobre os olhos que refletem sentirem as nuvens no céu dentro deles flutuando, escapando da moeda dourada da manhã.

Sagrado passeio dos finais de semana, pegar a estrada sem grana alguma nos bolsos, ou nas meias, apenas com o dedão de ida, e o cartaz com nome da cidade para voltar. Cinco da manhã começa o café a cheirar pelas paredes, a despedida da regalia do sofá, e as paredes estampadas de jornais. Sem a história da caneta azul de ponta fina, riscar uma das cidades da classificação que deseja destino para embarcar aos seus suspiros turísticos livres, apenas mete o pé na estrada, e vai ao destino ao qual o motorista está indo, e se bonito o nome da cidade, diz que exatamente essa mesma cidade que está á procura de corona, agradece com um sorriso.

Leva uns chocolates e duas garrafas de água apenas, e segue na estrada do mundão, e começa acenar com a mão enquanto escuta música em seus fones de ouvido, sentindo a liberdade que a música dá. Algumas horas depois, surpresa, um desconhecido barbudo para a caminhonete, e atende a mão que balançava aos ventos. Um comprimento, muito bem, assim abre a história da partida, o barbudo antes mesmo de pedir a aonde o moço vai, é interrogada a onde ele está indo, destino dito, rumo seguido. Volante firme, conversa de recém-conhecidos, respondida distorcida para não o achar louco, por amar a liberdade.
Rodas e rodas a girar, agora os dois em frente uma loja conhecidíssima de móveis, e então a despedida agradecida. O moço de boné procura algum lugar para ir comer, vai a um bar, e começa a fazer amizade, simpatia é tudo, começam as apostas de costume, sobre quem ganha no jogo de cartas, para comprar um pastel para comer. Jogos ganhos, verdinhos no bolso não podem parar sua missão é liberdade, então aposta o troco no jogo de sinuca e ganha mais uma partida, homem de sorte, compra mais uma água, mais conversas rolam. 

Caminha pela cidade, sem saber em qual esquina vai parar se interroga por pensamento, será que nessa multidão poderia estar perdida a minha alma gêmea? Então fica de olho no ombro direito, por quem passa, para ver se vê uma luz brilhante voando célere, gritando aqui esta a sua metade, como leu num livro.
Mais uma volta pela cidade à fome bate novamente, e sem dinheiro como fazer agora? 

Vende o moletom para um garoto de 13 anos. Volta ao bar, estavam lá os caras com quem fez amizade, e o convidam para ir a uma festa, ele topa, saem, de lá e vão a cada de Marco Polo assistem futebol, adiante dar inicio ao esquenta.
Garrafas, luzes, perfumes, vozes, toques, bem vindo a balada, mais gente nova, mais comunicação. 

CONTINUAAAA....




Samantha Schepanski

Uma poeta em TPM

Sinto-me como num poço solitário, intocável do amor e incontável, só o vejo quando os reflexos do sol tocam sobre o poço sombrio, que me gela os pés, a alma. Com as garras das unhas, risco as paredes úmidas, tentando fugir instigantemente, mas o poço é fundo e a saída é bem longe, os pés escorregam por maior a força que façam. Mas só arranco lamas.

Vivo na espera de quem me salve, entre sem bater, tire-me do abismo das emoções, para poder parar de gotejar, gota a gota, que caem em silêncio, sussurrando ecos, sustentando águas aos outros, servindo apenas como exemplo de que existe o amor, no século vinte e um, á espera pelo coelho branco, que dê o salto no desejo, enquanto os raios passageiros fazem amostras de como é o calor.

Então, me aproveito dos momentos para não congelar viva em meio os limos verdes, verde esperança escura. 



Samantha Schepanski

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Liberdade é evolução

Não somos desse mundo, isso me faz sentir viva, reconhecemos a nossa verdadeira família pela corrente de energias, as ideias que se atraem e os sorrisos que confirmam.
 Por isso, muitos de nossa família  estão em outras terras que a gente pisa, por estarem realizando a missão de ensinar para outros o que nos foi ensinado, mas a raiz  está sempre em ligação, jamais dorme.


Samantha Schepanski

Flash

Mordidinha no lábio inferior, masca Trident de menta, daqueles que sempre tem largados no porta-luvas dos carros, enquanto passa rímel no espelho do quebra sol. O irmão mais velho dirige prestando atenção em tudo menos na voz discordada, ela segue cantando um reggae maneiro, daqueles que traduzem o peito inteiro e as expressões digitais da alma.

Tenta falar sobre o que pensa, mas as palavras escapam, as batidas da música levam embora a expiação no passado, já o abandono, mas ainda guarda a flor amassada amarelada dentro do seu livro preferido, quando a olha escuta ventos de uivos encantados, por quem trocou o seu disco preferido.

Mas como sua mãe dizia: “seja livre para o amor”, aprenda a liberta-lo e liberta-se, exatamente isso, o deixar invadir os poros e a superfície dos lábios, sem apegos desesperados, mas pelo gosto por sentir. Uma mente equilibrada e um coração bem resolvido, dupla das Deusas entre nas nuvens nuas.

Querer deslembrar alguém com outro alguém, tarefa difícil para quem não pensa em si mesmo. Na demora de encontrar alguém que compense as felicidades passageiras, não suplique por amor, esse alguém anda precisando mais de amor, do que você.

 É preciso fazer faxinas astrais, entrar no campo de vibração brilhantemente tranquilo, só assim se pode se permitir a enxergar o entendimento do porquê que as pessoas entram em nossas histórias.

Deixar as baixas vibrações para trás, é cortar a comunicação com os espíritos opressores.

 Doe para alguém o moletom do seu ex-certo-alguém no armário, há quem precisa mais que a poeira envaidecida das lembranças, que usa para dormir em dias frios para se cobrir de saudade e esquentar o peito em noites frias. Tudo estacionado no tempo vira poeira, se deixar o sorriso no verbo passado de repente as palavras ao saírem dele soltam tabaco-de-caco.

Há quem busque o amor que lhe dê inspirações na vida, entusiasmo em ser alguém melhor a cada raiar, viver com os olhos com todas as veias de cores ressaltadas, sentido uma esfera de sonhos e prazeres vivendo dentro do globo ocular. Por amar histórias para sentir, a loucura da liberdade em dois, a aventura no céu, interpretar o enigma das frases, o prazer da barba, procura quem lhe dá gozo em escrever.

Assim estufa todo o sentimento no peito e transpira as emoções no “tec, tec” das teclas do teclado barulhento em meio às horas do dia. 

Independente da estação se o coração é quente o presente jamais esfria, aceite uma dose de energia. Por isso, esteja sempre livre para permitir e transmitir o amor, quanto mais puro for, mais saudável refletirá em todos os sentidos.



Samantha Schepanski

Você se leva

Cuidado com as palavras, possuem asas e pousam á natureza que você destinar,através da emissão de pensamentos ou letras, o universo tem mãos físicas diferente do corpo humano e sabe receber o que lhe é dado.
 Não pense que está tudo errado, são teus pensamentos desequilibrados a maré onde bota fé.


Samantha Schepanski

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Peixe doce

Ouvi falar que nem todas as pessoas do mesmo signo têm os aspectos da personalidade talhados iguais, pois deve ser a numerologia nos segundos entre a data que fazem a diferença, nos traços típicos, creio. Há quem negue a sua naturalidade, como quem ainda está formando ela, e ainda não sabe de si, mesmo. 

No horoscopo meu ser, peixe, é tão idêntico com outros, Peixe doce, com o brilho verde nos olhos, nas escamas cor de azeitona mesclada com azul,  reflete as cristalinas das águas doces em seu corpo liso.Assume  ser diferente de outros da sua família, pois bem, nem todos os peixes são verde-azeitona.

 Vive em águas doces, paradas por amar a profundidade a irmã mais velha da intensidade, não gosta do submerso do aquário, gosta de visitar na boca das lagoas, poços de grande sagacidade, matas inundadas, lagos de várzea e canais mais profundos dos rios onde os cardumes sobem os rios, mas ainda o seu lugar preferido é cachoeira sobre o sol da tarde, gosta de ouvir as correntezas das águas claras e ter o seu espaço, mas gosta do signo do aquário, por ser livre.

 Por mais afiados que sejam os seus ossos, é amolado do coração, por mais que machucou inúmeras vezes 
as suas nadadeiras em partes desconhecidas, ama a liberdade de viajar, tem alma de Fênix se faz mais forte nas cinzas.

Cospe o amargo do sal, pois é do doce, às vezes desconfio não nadar em um pote de mel com suas nadadeiras adiposas. O Peixe-verde da família, por se sonhador vive com o pensamento solto no traço da esperança, pequeno sonhador, não gosta do amargo mas quando vê ancora em barco no mar, sente prazer em cruzar toda a imensidão, só para olhar.



Samantha Schepanski

O Brasil quer sentido

Muitos rezam para o vento mudar de direção, e não movem uma perna, apetecem que as coisas se esbarem e se encaixem, cerrando os olhos, entregando a vida á Deus dará. Há quem fiquei parado em cima do tempo, perdendo pela velocidade das nuvens que cobrem a lua no sereno da noite, que chegam a serem mais rápidas que atitudes decisivas de alguns.

Permanecer com as pernas comprimidas no sofá, enquanto faz frio lá fora, com o controle da televisão na mão, traz a ilusão de achar que possui algum poder sobre si mesmo, e a vida, nada além de sequelas ao tempo abona a ser.

 As máquinas que imprimem folhas de jornais, se deixarem as, ausente do controle de alguém, para pega-las e induzir ao destino certo a elas chegam a um estágio em que elas ficam cheias e quando alcançam o sótão se desequilibram na pilha e caiem no chão. Tudo extenua e
 disso se recomeça e começa, tudo é limitado menos o amor que é ilimitado.

 A faxina na casa é um dos pais exemplos de limpeza astral, tanto nela quanto com quem mora nela, e a válida higiene começa de dentro para fora, primeiro se limpa as partes do fundo da casa até chegar ao quintal, para despejar o mal. E justamente como dizem o que nos mata é o que vem de fora, pois o que vem de dentro é do coração e o coração é bom, por isso o coração, a casa devem estar puros para não saberem receber o que vem de fora, para não suja-lo e nem para acumular ainda mais sujeira, manter ordem dentro de si, é manter ordem aos redores.

O governo no Brasil alega enxugar os números tamanhos de leis, pois o que vale é a qualidade e não a quantidade.  E com a gente não é assim? Qual é a cabeça, que aguenta armazenar tantas lembranças, deve se dar liberdade ao passado para descansar e o presente para interagir em construção com o futuro, ingressando, a vivência de momentos únicos assim, e por completo.

Tudo tem ritmo, sentido e espaço. O vento que surge do nada, não toca tua face por nada.

Os sem direção amam a curtição de não fazer nada, olhar um barco pela imensidão do mar é entretenimento, e a música de latas se batendo, é a preferida. 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Treme tudo

A música que toca por aqui, no quarto, é tão alta que alarga pelos quatro cantos, e esvaem em poucos por centos, pelos filtros de sonhos  pendurados no teto serem ciumentos os prendem, sugam os acordes das batidas, em suas teias de linhas vibrando em uma simetria desafinada e não o deixa.
 Assim escapam pela fresta embaixo da porta e pela maçaneta sem chave, treme o aquário do peixe azul, as paredes vibram feito o pulmão da caixa de som, as ovelhas em violentas crises de preguiça sapateiam, querido radinho de pilha.


Samantha Schepanski

60 anos, construindo... em construção

Pássaros de todas as cores voam pelo céu, fazendo malabarismo com as asas, e outros nos postes observando os ares para ver a onde é melhor aterrissar, mas todos passam pela meta do tempo. Enquanto procuram o portal para a evolução pelas redondezas do firmamento, cada um voa de acordo com o seu ciclo, criado na mente ligada com corpo, uns fluem mais alto quase fugindo da atmosfera do planeta, outros não, ciscam como galinhas.

A escola faz o mesmo, é como o universo que abriga todas as estrelas, abriga todos de abraços largos, o portão pode vir a ser estreito, mas é longo. Cheia de mistérios nas provas que desencadeamos, nos preparando para trabalhar o pensamento, e potenciais. 

 Acolhe todas as gerações da cidade, presente em todas as fases dos homens, até quando eles vão embora. E ainda nutrem as novas raízes dos antigos filhos da escola.
Pousam gente de outros lugares, e mesmo sem terem raízes por lá, são acolhidos de carinho, como quem recebe alguém da família que há muito não se vê, facilitando vínculos afetivos.
Estará presente em todas as fases dos homens, até quando eles vão embora.
Sabe como lidar com as etapas, desde quando os alunos só conseguem resolver suas questões através de tapas, chutes, mordidas, gritos, com psicologia e as ajudas do tempo acabam com as turbulências dos tremores íntimos, mostrando que os mostram sumiram. Como ensinam como fazer a curvatura de cada letra, e a soma, de que quanto mais se dá abraços, mais se é feliz.

Com sabedoria feita de um Oriental, mas não precisa ir tão longe com comparações, pois quando se trata de sentimentos verdadeiros, por mais longe que as pessoas se localizem no mapa, são todas iguais, sabem traduzir o sentir de uma e de outra.

 Na escola, é o lugar a onde se aprende a ajustar as asas para o mundo, instruir-se a usar a constelação do cruzeiro do Sul, para, tocar no livre-arbítrio, desafiando a vida através de decisões ou de encaminhamentos que o direcionem ao crescimento pessoal, saindo do mergulho cinza do universo, saindo do banho-maria das coisas da vida, acabando o medo que fica como pano de fundo, e que é um sentimento dos mais desarmonizadores que existe. 

Atenuando, visão limpa e expandida, vícios de comportamento, crescendo alto nível de autoconfiança de pensamentos enraizados no seu interior, e um grau de lucidez que altera a conduta, aproximando-se e mantendo atreladas ao seu ser, e bem socializadas, tendo assim crescimento pessoal.
Escola é o caminho para o final feliz.



Samantha Schepanski

domingo, 11 de agosto de 2013

Humores

Quer saber o humor de um músico? Pergunte a música que ele está ouvindo, e de um escritor peça para ver a letra dele.


Samantha Schepanski

sábado, 10 de agosto de 2013

Vidas e linhas


Tem gente que nasce para casar, viver pr'amar ou para o dinheiro, e há quem poetize.


Samantha Schepanski

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Estranhos

Uma garota estranha conheceu um garoto estranho e tiveram uma história estranha, queriam um final feliz, mas eles eram estranhos.



Samantha Schepanski 

Verbalize

Todos os dias nascem inspirações inovadoras, a bolar algo novo, alvitrado para vibrar o mundo. Feito uma nuvem, que a todo instante surge e se transforma, seja clara ou escura que abrolha no céu, mas que se desfaz ao soprar as caldas da atmosfera. 

Por conseguinte vangloriar uma única ideia é como colocar um tampão no olho esquerdo e se impedir de ver o rosto da imensidão, e ver apenas uma nuvem nascendo e morrendo, quando se fixa na ideia de que só existe algo de impacto é impedir que as evoluções venham ao mundo. Por isso é tão importante, desprender-se, deixar livre, soltar as mentes, e as deixar velejar, é o modo de assim cultivar, por precisarem de liberdade. Não ganham vida, e famílias de grandes palavras se são contadas e calculadas, elas são como as nuvens se inventam na imensidão, sem o cálculo até onde vão se espichar. Elas são tímidas, ao verem que estão sendo observadas elas se esquivam.

Livre-arbítrio, é a vida das ideias revolucionárias, ao se concentrarem paradas na margem é um grande passo afundado em dunas de areias. 

Tudo é vivo na vida, se não forem acolhidas e desenvolvidas, passaram para outro alguém capacitado e animado para erguer a bandeira, ou as anotações sobre as porções químicas que são guardadas naquele caderno velho dentro de outras caixas enterrado no subsolo da casa, um dia alguém vai encontrar, você vai morrer e as ideias ficaram contigo, e não será reconhecido por ser quem é, por nem ao menos se reconhecer. Estará se impedindo do seu caminho, a força toda positiva que possui será usada negativamente a si, ao não aceitar a própria força, ao seu favor, e lidar com eles.

Aprende-se a cada instante e não só quando se está disposto a aprender, quando estão hostilizadas demoram a instruir-se e então aprenda a render o mau humor para longe. Ao tirar um tempo, e sentir as coisas de dentro realmente, então elas podem ser expostas para fora.

A forma com que se lida com as palavras é que faz a diferença, todos somos iguais, os prazeres também, o que muda são as ordens das palavras, a forma com que se relacionamos. Como todos os dias são iguais às datas comemoradas que fazem serem notabilizadas pela importância que se é lançada, tudo está na mente, pode ser que em uma noite de terno e gravata venha a estar com o coração virado para baixo coberto pela blusa, e outrora de pés descalços sobre o tapete da grama noturna e estar com os lábios escorrendo risos. Realizar o que deseja, é se impor no mundo.


Com o advir da quadra aprende-se a promulgar os pensamentos para eles ganharem sentido e nós ganharmos vida, não haveria nenhuma absolvição no mundo se vivêssemos com bel-prazeres escondidos da lua e sem ninguém com quem para compartilhar.

 Esconder os sentimentos de si é uma falha, é orgulho de não ouvir a voz da mente e não evoluir com os seus erros e acertos, é fingir para si mesmo ser quem não é, e viver pressionado em um mundo que não é seu, que esta prestes a explodir há quaisquer instantes, pois aquele território não o cabe, é viver se escondendo de si mesmo.

O mundo é formando por mentes pensantes e ativas, a conexão do universo com o nosso pensamento é extremado pode revolucionar vidas, tudo é dependente da dosagem da força mentalizada.


Viver é expressar-se, tamanha covardia é negar a divulgação de ideias, juntas elas podem se multiplicar, construir impérios, guardar tudo para si é egoísmos e não faz bem a ninguém como nunca fez. É como recusar fantasias ao mundo, vencer uma batalha e não comemorar, receber um sorrir e não retribuir, e agora e me diz, como surgiriam as grandes ideias, sem a liberdade de expressão?


Os pensamentos soam dentro de cada um para conectar-se e com o universo e assim evoluir. As razões da vida estão estadas nas pequenas minudências, desde os traços mais simples do destino. Percebe-se quando é provado que nada é incidente, como as flores que nascem na beira da pavimentação jamais estão sozinhas, nem tão só com o vento dos carros, são acompanhadas pelos olhares que passam por lá ao longe.

As músicas sempre perpetram a trilha sonora de alguém e marcam momentos até o ultimo instante em que podemos brandir os olhos abertos. Pessoas são enviadas a nossa vida, sempre por algum sentindo, e só entendemos mais tarde ao passarmos por tais circunstâncias. Quantas vezes veio alguém e falou tudo o que carecíamos ouvir e simplesmente esvaziou todas as nostalgias que invadiam o peito e trouxe aquele alívio? Nutriu o que o caráter estava oco. E então, quando tudo parecia perdido, alguém foi em teu endereço e mudou sua direção? O mundo não para de girar e de encaixar todas as peças no seu lugar.


O sol nem sempre nasce pra fazer o dia brilhar, mas sabemos que mesmo sem ele temos que fazer o nosso dia cintilar, não podemos ser dependente para que as coisas boas sobrevenham, precisamos mergulhar dentro de si, desembaraçar todo o turbilhão que há dentro de si, para seguirmos com força e fé, e podendo assim olhar no espelho dentro do profundo dos olhos e ver o poder que jaz em si.
 Cultivar a mente serena apesar dos estragos que encontramos pelo estrada é nobre.


Samantha Schepanski 

Lembrete na biblioteca

Quase dezoito apontando nos ponteiros, com entretom dourado do mar no relógio, na biblioteca rodeada no aconchego dos livros e frases flutuantes de inúmeros universos paralelos. 

Com uma mão apoiada na cabeça enquanto leio, e os cabelos caídos sobre a cadeira, às cenas se improvisam, percorrendo nas entrelinhas a alma, e aos poucos os olhos em uma viagem se encostam, e adormecem, sobre os livros.

Outra vez um sono, não adormecido, mas vivo um sinal, guias, vindo avisar sobre o futuro, não tinha sido um porre de letras, não. Sonolência ou aviso?


Samantha Schepanski

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Lucidez da alma

Há pessoas que cavalgam no sentimento de querer atacar o prazer, competir à felicidade em doses de euforias artificiais com um, com outro, com o tempo, até com si mesmo, cansando a própria felicidade de se fazer sincera, para provar algo que nem mesmo sente. Enchem os lábios em querer ter, numa curva forçada, só para sentir, se sentir, camuflado de suas amarguras.

Dentro do ônibus, escorada na janela da fileira direita, olhando um garoto de cabelo Black Power a olhar pra baixo do ônibus vendo os carros passar, enquanto as rodas largavam girando, tragando poeiras asfálticas, estava com o rosto e os lábios amassados na janela entreaberta, deixando o vento beijar o seu rosto, mas ousado parecia querer o corpo todo.

Tanto eu, quanto o garoto caído no balde do tédio, observava que as cidades estavam com uma neblina franzida na testa, visto, por quem passava pelas miras do ônibus, ele e nós enxergávamos isso.
Numa pausa ao passar pelo quebra-molas um senhor andando de bicicleta com chapéu de palha se sentindo um pássaro libando nuvens, em pleno chão. Sorri, comigo, mais uma vez a vida evidenciando como a felicidade é acriançada, tese de um pensamento, assim exato para nós, como viajantes siderais. Engraçado, enquanto uns forçam sorrisos para fotos, o velho senhor sorri sentindo o vento puro.

Coloquei a mão na mochila revirando para achar os fones, e dividi-o com a minha amiga sentada ao meu lado, para contagiar ela de música, não queria sentir a felicidade sozinha, queria sorrir com alguém no ônibus enquanto todos permaneciam sérios, acompanhando ele andar. 

Troquei a pasta que por costume ouvia, alterei os fones de ouvido, e simplesmente não sentíamos mais no mesmo lugar. Os fones saíram dos sussurros, e quem estava atrás baixinho ouvia e ria da letra.

A charada é ter vergonha do ócio assim é ajustada a antena desarrumada, e muito menos esquecer sua verdadeira natureza espiritual, o dia-dia é além do que os sentidos limitados do seu corpo dizem. No instante em que se está em equilíbrio colorido consigo, pode andar por pedregulhos, que o impacto, vai ser outro, pelos pés serem de lótus.

Muitos tentam tirar o tapete e ainda pisar por cima da gente, mas a nossa corrente espiritual deve ser nutrida, dia após dia fortemente, para se proteger não deixando o mal escorar os braços sobre os nossos ombros, e muito pior é quando a própria consciência se encarrega em fazer o papel do opositor.

A alegria está rodando por aglomerados lugares, como o mal também, no entanto a nossa visão nos aborda a eles. Por isso é importante à visão do olhar, para sentir ele vivo dentro de si. Por bem, reveja a sua postura, para poder sentir de verdade as sensações da vida, e não somente estar em frente elas de olhos fechados, suspenso no espaço, e assim, talvez, quem sabe, assim comece a desejar um bom dia verdadeiro ao seu porteiro, padeiro, motorista, pai, mestre, irmão, vizinho...

E, agora, deixe tudo azulado, por aqui.




Samantha Schepanski