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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Instantes de curiosidade

Entre o tec tec dos teclados , som do rádio de pilha com canções repetidas,  o mundo por traz das paredes do trabalho andando, surgia a barafunda que se misturava com o volume todo, o choro de filhotes de cachorros. Que vinham já há dias consecutivos na semana, todos ouvia e não entendiam o desespero de vozes sem tradução, ou talvez com, se for ouvida com o coração e não com o dicionário.

 Certo instante de curiosidade permutado com incomodo, a diretora do Jornal retirou-se da sala para ver o que estava acontecendo, fazendo o que todos queriam, já que estavam trabalhando e se perguntando, “o que está acontecendo com esses bichinhos”?  Todos ouvindo achando que os donos os maltratavam, mas em vez, a mães deles os maltratam, sem o afeto de amor. O espanto emocional fez com que a diretora falasse alto o que via, além dos olhos arregalados.

Aos poucos todos foram na grade em frente ver a casa em frente, a mãe Golden estava em cima das escadas de quatro degraus, e os filhotinhos pretinhos choravam por não conseguir a alcançar e choram litros, mas não se via as lágrimas, a natureza em seu momento de indelicadeza.

Ela totalmente despreocupadamente esticada no piso alaranjado, com os olhos longes dos degraus. Por instante, chegaram a pensar que era por falta de tamanho de alcançar o peito da mamãe, mas quando a garotinha loira saiu dentro da casa, tocando-a de lá, aproximando dos filhotinhos, simplesmente a reação de espanto, eles correndo até ela, e ela a pés na bunda dele, e se possível o tamanho deles alcançar o rabo voante ela passariam o rabo neles, porque de tão pequenos não alcança nem o rosto.

Pequenos, cachorros parecidos com os bichinhos de pelúcia fabricados no Paraguai, que andam e rolam através do grau de bateria.
Todos que passam pelas grades se encantam, com a coleção de cachorrinhos, mesmo sem saber da desnaturalizada da mãe. Minutos depois, a menina colocou todos para dentro da casa os cachorros, como se fossem brinquedos após brincar, lembrei minha infância.

Logo depois uma criança tão pedacinho de gente, fazia graça de sua suavidade, entra na sala da diretoria do jornal, pedir comida, e novamente todos concentrados em frente os computadores.

Instantes depois a diretora acompanha a criança até a porta os pais dela estavam na outra esquina, não haviam notado a falta da criança. Que mundo e esse? A mãe Golden que corre dos filhos e os pais que não percebem a ausência dos seus filhos?
Humano é um bicho feroz. O mundo está perdido mesmo, mas a  mãe da, minha colega de vinte e um anos, ainda faz bola pra ela, talvez o mundo esteja embaraçado.



Samantha Schepanski

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