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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Linguagem do asfalto

O fim só acontece quando a estrada pela qual levava ao caminho de falas e histórias se encontra deserta pelas intenções. Quando ao encontrar a estrada, ela não causar mais o mesmo efeito de se   perder, e as curvas não gerarem mais frios na barriga, tão intenso quanto o do gelo quando desaba em garganta quente  sobre um céu de 40 graus, por conhecer de cabo a rabo a onde ela leva, principalmente quando a aprendizagem é extraída. Se envolver com alguém é muito mais que bem querer, uns custam a entender, por ignorarem suas percepções ao morderem a boemia. Todo caso depende do ciclo da vida de alguém, a forma com que ela irá reagir diante aos fatos,  divulga como se encontra o espirito dela, a intensidade.

Ficar por ficar, beijar por beijar, sentir por sentir, agir por agir, pensar por pensar, sem amar, há a irrelevância de sentir os sentimentos. É iludir desapego ao peito, ele não é assim. Revelando assim, que por traz da carapaça toda existe uma criança com medo de amar, que usa das altas camadas da frieza como proteção.

Se envolver com alguém, não importa o tempo, importa a intensidade, é evoluir, sejam os dois ou não, conhecer outra estrada e transformar-se, afinar as velocidades da cordas e retornar á canção inicial, o amor. É descobrir as minudencias da estrada, as falhas dela, é estar no asfalto e não se sentir solitário, ajudar a arrastar para longe as pedrinhas e britas que cutucam o peito do asfalto, e machuca os pés de quem visita. O amor é viagem, é ir além da carne, dos instintos, é ser faminto da história que por traz do olho do outro e a qual ela pode alegar a colonização conquistas.

Poder sentir o sossego do peito tranquilo, por maior que seja a turbilhão dos carros pela rodovia. Ao entrelaçar as mãos fazer cócegas no coração contagiando até aos olhos sorrirem, sentindo que a vida é além, exatamente por sentir que a sensação daquele instante não termina ali, não se encerra no exato momento que se inicia, por haver o gosto ao ser relembrado.

Mas quando o amor acaba, o fator não é a chuva escaldante que gela tudo, que se esfarela na pista, pois ele esquenta, salva, é quando as mãos se deslaçam vagarosamente pelos olhares não se cruzarem mais, assim o cruzamento das estradas se desfazem. Quando as duas estradas, aceitam a ponte.


Samantha Schepanski

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