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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Roda Gigante no Universo


Durante uma viagem numa nuvem de poeira e gás, deparei-me trancafiada em uma sala tão presa quanto os parafusos na porta. Havia apenas um janelão transparente que fazia ser possível imaginar encostar as mãos no mundo do lado de lá, onde estava a galáxia toda pintada em tonalidades escuras miscigenadas, abrigando uma roda gigante no meio do espaço.

Com o olhar perdido no infinito, sem saber a onde estava mais naufragada que Jacob na Ilha, via-me sem saber o que se escondia por baixo dela, o que a mantinha nas alturas flutuantes, a onde estavam ligadas as raízes dos fios?

Em minha frente uma selva de aparelhos detalhados por botões brancos que controlavam a gigantesca roda gigante viva no espaço. Um hálito na mente assoprou-me que estava no controle dela através do domínio do meu pensamento, como sou comandante da minha alma.

De acordo com o Budismo “a vida é movimento”, assim, é constituída por pensamentos em circulação, atuam como uma roda gigante dependendo da carga de energia da mentalização ou distração da mente levam as palavras pensarias, para os seus destinos. O efeito será positivo ou negativo, elevando ou abaixando. Depois que os ditos são destinados à roda da vitalidade não há como pega-los de volta, eles tem de girar.

Tudo se encaixa nada se determina frouxo a grandeza está ao grau da interpretação nas vozes e nuances da mente.

A roda gigante é movida por pensamentos positivos que atuam como lubrificante que jorram entre os ferros crus, como os sonhos brancos, a matéria, máquina da carcaça humana que possui validade também são. 
Os pensamentos negativos travam a máquina não faz funcionar, ressecam a vida se não azeitados, derrapam na acomodação, dão a ela vida morta. Eles são os responsáveis pelos curto-circuito na roda giratória.
 Sendo assim, digo adeus ao perigo e olá ao abrigo. Explorando sem fim

A vida é uma roda gigante, esta em leais voltas. Os pensamentos sentados nas cadeiras que nos levam pra cima e pra baixo. Num girar lentos e contínuos, ou enérgicos, nos vemos por cima e por baixo. Com amplos poderes e menores. Estamos todos juntos girando. Não importa se somos crianças, adolescentes, adultos, idosos, da fase deste ciclo, todos fazemos parte desta esfera redonda, a “tal” roda gigante.

A forma como pisamos nosso caminho é tão importante quanto o caminho em si. É melhor caminhar pelo caminho errado com sabedoria, do que o caminho certo com estupidez! O propósito da vida é o amadurecimento da alma, não a poupe. Mais vale um pensamento faiscando luz, tentando encontrar o brilho do que uma mente apagada, feito uma lâmpada queimada.

Na espinha dorsal da existência as fragilidades humanas precisam da energia das ondas de luz. Os átomos do Universo movem o todo, está conectado o tempo todo com as pessoas, até quando elas vão dormir, ou sonham acordadas. A mente cuida de todos os significados.

A força das palavras há 150 mil anos atrás é a mesma de hoje, e permanecerá por milênios e milênios, um padrão de letras com luz atmosférica que remota a própria origem do Universo.

Arrogância espiritual é o maior nó psíquico, que desmancha com o cordão da consciência que atravessa o abismo, corre pelo mundo, emitindo uma frequência de energia que vai além de cidades, países, planetas, galáxia, etc...  Ao peso do fluído dos desejos. Estranhamente está ligadas a mente, pelo espírito das palavras. Na Terra nada acontece num estalar de dedos, acontece através da vibralização evolutiva natural que atraem esse paralelo, o homem como o ímã mais poderoso.

Aguentar no osso do peito as lágrimas quentes que fervem por dentro é insuportável quando não se sabe o seu próprio destino e  buscar do fortalecimento do elemento da fé é a forma de acelerar a Roda Gigante. Os sustos nas voltas nela são necessários para desenvolver força e impulso, como a Psicologia abordou da física receber sem se abalar, dor sem sofrimento.

Afinal, quem somos nós? Bolhas de energias.  

Era um sonho. Por quanto tempo estava a sonhar sozinha? Ou será que tudo era realidade.

Acordei e abracei o meu caminho...



Samantha Schepanski

domingo, 29 de setembro de 2013

Papo sério com a máquina de escrever


Moço cuidado, por mais nu que tu sejas, o sistema veste desnudos com máscaras. Por autodefesa imediata acabará concedendo inconscientemente, se não tiver alimentado bem a tua luz de escudo que ensina que a vida é dançável, e murmurar é desprezável. 
O mundo mudo dos que tem voz consciente, vai tentar estourar a tua esfera das formas mais surpreendentes como se tira o riso frouxo de uma criança e quando conseguirem tira-la vai expulsar-te, pois o mundo é dos fingidores. 
 Não tem espaço para quem é sincero, ele tem medo de desabar na verdade. Vive no espetáculo das máscaras e na guerra de quem tem a melhor.


 
Samantha Schepanski

Felicidade

Fumando o mar no fim da tarde, explodindo os pássaros dentro do peito.


Samantha Schepanski

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Maré da Lua

A sensação de nos sentir envolta dos ares do fim da tarde, que trazem o contorno da luz da Lua como um elo entre nós. Na calçada cinza em frente à casa amarela as nuvens vão seguindo se espalhando, chamando as estrelas para verem como mês após mês sua mão de leve tocar a minha e nossos olhos sob a Lua.

Corpo perto um do outro, ocupando o mesmo chão, contudo sentindo-se por todos os lugares mais secretos do planeta, num bailar de um sonho.

 Um respeitando a liberdade do outro, feito as nuvens que entre elas não competem às alturas no céu, elas só seguem a mesma direção aprendendo entre elas.

Deste modo, juntos desejando toda sorte de presente que o luar acende.


Samantha Schepanski

Gira dos dias

Um dia,

Algum dia,

Sete dias.


De repente,

A vida entregue,

Nos dias!


Desapegue do calendário,

Deixe de ser lendário.



Samantha Schepanski



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Regue


“Reggae a vida com amor”, porque coração sem ser regado por sentimentos resseca, se cansa.



Samantha Schepanski

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Limpando a mente

O tempo inteiro as pessoas aguardam os outros para embolsarem inspirações, para adaptarem sonhos, tanto quanto esperam do mundo, enquanto ficam com unhas e dentes sentados em cima das esperanças.

Pessoas que buscam dependência em outras raramente tiram os pés do chão, para irem longe como o vento, pois se abastecem de meios, e não de sua própria energia por completo. O próprio humor se torna dependente do carregamento da energia da outra. Esperam que alguém arranque a preguiça de si, em vez de se conduzir ao banheiro lavar o rosto com água gelada na pia.

 Não se amando verdadeiramente se torna impraticável amar o próximo.  Ao aprender com o próprio oceano de emoções aprende-se a interpretar as ilhas aos arredores. 
Esquecem-se, de serem pessoas “cristais”, “faróis”, raiando brilho a todos e tudo, tornar leão de si, em presença a liberdade que vive dentro do seu interior, e com ela tocar o universo e os versos íntimos do mundo.

Com os olhos fechados os homens se tornam inventores, encostando-se ao estado interno da mente, compreendendo os alicerces de tijolos rompendo o murro nebulosos dos inseguros.
Os sofrimentos, muitas vezes, são consequências dos próprios pensamentos, que resultam em ações, sem se dar por conta, tudo começa na mente, no arquivo dos planos no desabafo do peito abafado, inquieto. O verdadeiro pecado é sofrer, é preciso ter olhos grandes para a existência.

A negatividade é como areia movediça, quanto mais você se debate, mais se afunda dentro dela.  Crer que esses pensamentos são pesadelos, e não realidade, para acordar e se sentir liberto.

 Por isso é importante estar de bem com interior, que muito sussurra, para que o aceleramento na vida seja pleno.
Ao entender que as pessoas que passam por nós são experiências, experiências que acontecem em nós, as quais antes estávamos dormentes.
É preciso colorir a mente, para colorir a vida, a conhecida transformação de dentro para fora.

Existem pensamentos que parecem produzir endorfina pelas células adentro do corpo, conduzindo tecido por tecido, recompondo-se.
Não são as pessoas que mudam, nós quem mudamos perdemos o interesse, por se desgastar em parcelas pelas demasias, por deixar na mão do outro a própria felicidade, tratando esse bem estar como sorte. Assim os dias vão perdendo cores pelas borrifadas de expectativas não correspondidas.

Os dias se faz sair desse tom quando adquire cor à medida em que elas saem do "normal", do esperado.
Engana-se quem pensa que no positivismo não existe o negativismo, mesmo o Sol que foi criado pelo Poderoso, possui sombra, por mais radiante, que é tudo está nos olhos de quem vê. A comunicação é a maior virtude dos homens, e ao mesmo a maior destruidora, se não for bem expressada, as palavras não encontrem o tom e o sentido certo.

 Se a felicidade fosse o único estado dos homens, não haveria felicidade em tempo algum.
Por isso, mãos ao alto e deixe os sonhos te assaltar, pois só de pensar uma vida fria e calculada, sinto a boca seca.

Lavar os lábios em copos cheios de álcool nunca trouxe lucidez, só fez os homens se perderem da própria realidade para alcançarem outra margem, por isso sintonize-se. Vá além dos seus dogmas e preconceitos que tanto te limitam em passos acanhados. 
Procure a sua verdadeira essência.



Samantha Schepanski

domingo, 22 de setembro de 2013

Alicia e seus mares

Todos os excessos se transformam em retrocessos . Se não cabíveis.



Samantha Schepanski

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Cadê o pão de queijo?

Em dias de cólicas lembro-me das conversas que tinha com meu pai dentro da sua camisa verde xadrez. 

 No pé da cama cantava uma trilha sonora para o fim do mundo, enquanto a gente tinha uma conversa aberta tanto quanto a janela.

Era sagrado o pão de queijo quentinho assim que via as minhas lamúrias faciais, carinho de pai.


Samantha Schepanski

Bule dos versos

O cheiro vindo da cozinha do chocolate no bule alastrando o exagero de canela, entrando pelo quarto. Enquanto nós descobrimos o sabor da nossa alma, o prazer da calma deitados em cima dos versos soltos pela calma, envolta de promessas leves ao som do Rappa como fundo, recebendo os curtos raios de sol em tarde fria, fervemos dentro da gente, tão quente quanto o chocolate ferve no bule.

Sua barba por fazer combina com a camisa do Beatles com um punhado de cafeína e minhas poesias, fresquinhas, frescas como eu.

Deixa-me arejar os versos, beijar-te em poesia, já senti os dias de não te ter por perto, ter tido engolido gigantes, derrubados reis para cultiva a frieza, foi a nossa aspereza.

Nasci para amar, sem haver porquês, talvez pelo aforismo no cérebro de algum antepassado poeta que deixou em mim. Se não puder cartear-se, deixe-me amar em poesia, sozinha, vagando no braço do mar de letras em sensações.Improvisando a vida.

Enquanto isso nasço cada dia em um novo oceano no barco da tua mente, que desliza em mim.



Samantha Schepanski

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

HUMORTECIDO

Coração quente, o vento esfria,

Coração frio, o vento esquenta.



Samantha Schepanski

Mulher de cores e poesias

Frio daqueles que cobrem o rio,
Blusão colorido fio por fio.

A Ruiva enigmante,
Joga o sorriso na tela diante.
Suspirante busca da bolsa de franja,
Para combinar com o cabelo laranja.

Pernas cruzadas, mão apoiada na bochecha do rosto.
Escondendo a pinta,
Parecida de água-tinta.
Com os óculos servindo de espelho,
Para o computador que pede conselho.

De joelho ao bom gosto,
Que não conhece a mordida da carteira.
Tomando goles de ares em inciativas.
Enquanto escuta no radinho de pilha.
Uma vibe gostosa.

Ventosa aos pensamentos soltos,
Tão solto quanto o mouse na mão,
Que de canto em canto, continua em indecisão.
E o tempo passa,
Passa,
Passa,
Passa,

E a cena se repete,
Se repete,
Se repete,
Se repete.

E a música troca,
E ainda está sendo observada,

- Em sua volta -.



Samantha Schepanski

Viagem nas linhas

Apoiada na guitarra sentada entre folhas e poemas de guardanapos á la carte. Enquanto o tempo come com gosto as ideias nuas elétricas quintanas e de paulos-coelhos.


Golpeando os desejos mais alucinados, transbordando a lucidez em delírios, em engrenagens de vapor. 

Encerrando com o deserto em Netuno sob a penumbra da lua, partindo visitar as praias brasileiras com pegadas na areia feito uma plantação de sorrisos.



Samantha Schepanski

Sem preconceito, respeito eleito

Dreadlock
Dream
Break
Luck
Locks-dreads



Samantha Schepanski

Fundos

Rumo que te pede frieza em pleno sol de 40º graus.
Planos no bolso, sua luta está nesses degraus?
Acho que algo vai mal...
Impeça que sua intensidade se torne insanidade.
Os loucos inventam a realidade,
Balançando a cabeça, as ideias, mostrando que pode ser diferente.
No fundo depende da gente.
Mais, em uma camada de fundo
 de ti.



 Samantha Schepanski

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Fim do comodismo

Alicia passava horas em frente o mar em meio uma guerra mundial, sentada na areia noturna, com sua máquina de escrever, á qual confiava a sua vida íntima, filha do papel.
A poetisa atravessa as letras para agarrar o que sente indo além da razão para encostar-se ao que vê. Ela é a emoção surda das pessoas, devolvia o que o mundo lhe dava, através da escrita.

Sabe que o mundo vive em gigantesca aceleração, por isto sua vontade é de morder as frutas silvestres, cortando rio de espessa neblina, saindo da metralhadora do faz-de-conta, que voeja baixinho, suas vozes maiores vão à loucura aos arco-íris voadores. Acha graça do beija-flor com as asas paradas que vive na suspenção dos próprios ombros invés de sobrevoar os murros.

Saiu do trem sem destino que percorre em cima de trilhos espichados, preferiu correr atrás de seu próprio autopista.
Talvez gostasse mesmo dos opostos, de aprender com a doidera misturada com a leveza do são-louco. Do reggae com cerveja, sentindo a calmaria sorrindo com os lábios trincando a neve da gelada. Tomar sorvete embaixo das cobertas, correr na beira da estrada em plena garoa.

Preferia pegar um ônibus sem rumo certo, sentar ao lado de um estranho pedir os fones de ouvido emprestado ouvindo o mundo do outro, com a janela aberta, claro ela encostada ao vidro puxado, enquanto viaja a mente e o corpo ao mesmo tempo. Do que os pés em cima do porta-luvas, com as caixas de som bufando, se fosse para pegar carona.
Pois o transporte estaria sem destino, ela considera inaceitável absurdo não saber a onde seus pés a leva. Ser surpreendida com o susto em não saber a hora de parar, do nada ter que ingressar marcha lenta.

Usa biquíni no outono embaixo da blusinha azul, pra quê cair na mesmice? Aprendeu a sair da inalterabilidade quando caiu em si. Faz misturas diferentes, mescla a pincelada,  incorpora expressões nas palavras não às deixando solitárias, na fragmentação do verso. O jeito que posiciona as telas, como misturas as cores, fugiu do comodismo da vida mecânica para os traços exagerados de vibrações. Pois nenhum movimento sozinho sobrevive muito tempo.

Desbravadora de sua visão futurística explode o solo que prega o certo sendo apenas um caminho, faz da poesia sua forma de escada.
Desalugou a Villa lobos para alugar as Veias Inspiradoras, tão longe do endereço fantasmagórico.

Conhece o mortal que empurra os íris dos olhos para enxergar a realidade do homem, por isso decidiu ouvir os vocábulos da alma.



Samantha Schepanski

Re-encontramos

A gente encontra ou reencontra pessoas?



Samantha Schepanski

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Fúrias das raízes

E o vento corre e corre. Assopra o tempo no rosto em sessão ininterrupta, com a mesma frase entre as linhas, amor e tristeza, me fazendo boiar por alguns segundos. 
Todavia, liberdade é o ser das estrelas, e nela a paciência é dissolvida no ar que se mistura com o mesmo que invadem os átomos do meu corpo, reconstruindo a cada instante o mar de sensações, que é regulado na irrelevância do termômetro da vida ou no mergulho do peixe.
 Nem por isso, me atrevo em não voar a livre mente, em pleno oceano, gosto ver a lua beijar o mar, dentro de mim.
Ideias confusas, tudo bem, o mar também se mistura com a areia, mas no fundo continua o mesmo, é só questão da margem estar disponível demais para todos tocarem como quiserem. Por isso navego-me.




Samantha Schepanski

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Contorse suave

Cinco da tarde e essa cólica,
Não se cala mefistofélica.
Exprime e revira-me
De pé ou sentada,
Contorce essa porrada.
Até o sangue parar,
De borbulhar.

É, fogo ser mulher.

Samantha Schepanski

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Almas hippies

Numa terça-feira, em manhã que o sol das seis despertou mais cedo com cara das oito. Era o causador de sustos matinais, fazendo com quem o visse corresse aos prantos crendo que já estivesse atrasado. Uma manhã leve, de planície gostosa, florida, primaveral voavam folhas quietas pelo chão, fazendo redemoinhos outras não, em uma velocidade semelhante às vozes dos fones de ouvido. Passos adiante em longas quadras, enquanto mordia a maçã vermelha, logo me deparei com uma mesa coberta por uma toalha com mandalas coloridas expondo as artes sem fim, cristais, fitas, e filtros de sonhos de hippies.

Meus olhos pularam em cada curva dos objetos, vibraram em tamanha energia sintonizada.
Com olhar despreocupado o senhor com sua barba rala grisalha combinava com uma voz rouca que fluía das águas da vida. Arremangada a camisa branca com o bolso com um maço de cigarros me recebeu com olhar atencioso, bem do jeito hippie cheio de poesia, liberdade, revolução, desapego, igualdade e luta expressada em sua testa marcada.

Enquanto atendia uma senhora que indagava com os olhos e as mãos curiosas, me revestia de vontades com a mochila nas costas revirei os meus quebrados, para vestir a liberdade no dedo polegar, uma garrafa de água detalhadamente encantada cheia de pedras coloridas, dizendo a vida é linda, quem sabe assim, não esquecesse mais de tomar água ou sentisse preguiça. Comprei um par de pulseiras para uma para mim e outra para minha amiga que desconfio que com ela foi a minha irmã gêmea em outra vida, e agora esteja aprendendo a simetria da liberdade da vida, pois vive coisas tão semelhantes as minhas no mesmo calendário, quando cruzo meus dedos vibralizamos juntas, e o mais estranho quando cai a minha ligação com o anel do mundo encantado a ficha dela também.  Lemos nos, em nossas vidas.

Minha paixão por essa vida universal energética expressou de cara ao cara, de surpresa ele disse pra escolher um palito de madeira para prender o cabelo. Certamente por sentir-se grato aos meus olhos o parabenizando.

Enquanto escolia entre minhas indecisões, ele me falava sobre a vida, em tom nas palavras que ativam as sensações do mundo, disse que a vida que levava era como queria, mas pena ser vista ser vista pelos padrões sociais pré-estabelecidos como “Fazer arte é crime, roubar é arte”.

Sorriu colateralmente dizendo que a dor que levava consigo deixou embaixo na lama escura, que agora o que o faz é a liberdade de sentir as luzes da vida, na paz e no amor.
Sim, realmente existe instantes na vida com que conversamos com pessoas que nos revigoram por dentro, mesmo sem conhecer, como numa transfusão de bateria de um carro para o outro, para continuar a seguir a estrada no mundo. 

Peguei minha mochila e fui atrás do ônibus, a aula havia de começar.




Samantha Schepanski

Deixe-me sentir-me

Tem gente que não entende a minha paz, mas se dissesse das minhas loucuras muito menos iriam entender.


Samantha Schepanski

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Outra vez, nós

Segure-me, me prenda no quarto do teu peito.
Deixaremos estreito o efeito do meu defeito.

Fazendo esquecer de quem somos.
Conserve as flores molhadas pelo sereno dos teus lábios,
Contando aos sábios as coisas do nosso jeito.

As estações se repetem, pessoas não.
Fuja comigo para um passeio na lua,
Me da um beijo, deixa eu ser, só tua.
Pegue na minha mão.

Não se separe
de quem precisa que você ampare
e acelere os seus batimentos
ouvindo e lendo "negroesia".

- Uma vez errar apaguem, duas submetem -




Samantha Schepanski

Vozes, vozes e sinais

Ao descarregar a bateria do carro e nascer um abençoado em uma caminhonete branca cheia de peixe em sangue cru para emprestar a energia dos fios, o filme há meia noite que passa na TV por coincidência contando a sua vida, enquanto está nos braços de quem ama vivendo a mesma história complicada serve como um sinal para cair fora? Ou para ele abrir a cena para revolucionar a vida de vocês?

A estrela cadente que cai antes de entrar na festa, o cobertor que te salva das cenas “calientes” em dois, quando abrem a porta, o perfume que só alguém te instiga, a conjunção do planeta Vênus com a Lua Crescente. O pedacinho de chocolate no canto da geladeira que mata a tua ansiedade, o rosto de alguém que aparenta já conhecer sem mesmo antes ter conversado.

 Enquanto Deus está na cama, mas Deus não dorme, muito menos tem marasmos, seriam exatamente esses acasos tão casos, influências dele mesmo quando só os postes das cidades estão acesos?

Pode ser que os casos da vida sejam tão vivos quanto o sangue que escorre nas veias, por tudo na vida ter ligação, em si uma razão. Não necessariamente é a mente quem atraí o acaso da vida, tem coisas que já estão estipuladas a acontecer, que fogem do nosso conhecimento terráqueo. Dizem que se perguntar de mais sobre o que está acontece é coisa para louco, mas às vezes, só mesmo se retirando do incêndio para ver a onde está o fogo, como diz minha vó. 
Há momentos que a neblina precisar assoprar o mar para amansar as ondas, não enferrujando a imensidão, como uma criança que assopra o merthiolate no joelho ralado.

Na vida, tudo se pede tempo, seja no relacionamento amoroso, no balançamento de uma empresa, sempre tem àquela hora da mudança de paradigma.  Como a sinaleira precisa fechar para dar a vez aos outros, a marcha no carro, à parada do ônibus na beira da estrada, por que sempre tem alguém esperando por respostas. Há aquele momento em que se tem que parar o relógio parar pesar as notas, e colocar os pingos nos “is”, como há momento em que é preciso se afastar para poder fazer sentir saudade, a pausa enquanto se tecla para poder pensar tornando piscante incessantemente a  ceta, pedindo pressa.

 A vida é pensar e agir. E os minutos de impulsividade podem gerar horas de intranquilidade devastadoras daquelas que os passos não parecem tocar o chão e por pior os dias vão te pedir para que saia de casa com óculos escuro, cobrindo teu rosto cheio inchado cheio de mistérios.

Bem por isso, se deve meditar, pois diante disso se encontra um nível mais profundo inconsciente.Para poder sentir as energias aos redores, prestando atenção nos sinais da natureza que ela dá, a manifestação das ondas pensaria para poder se enxergar e ver a sua conduta no mundo, estamos aqui para ser úteis, e não para servir de serventias. Nem para brincar com a máquina do tempo, a enlouquecendo, principalmente a si. Tempo é determinação, através da imaginação que cria a vida. 

Á partir do momento em que se está ligado com a energia da outra pessoa, fugir é o pior caminho, o melhor é solucionar os reflexos dos desequilíbrios internos para rever as recordações dos álbuns mentais claramente e dar voz a garganta.

Um dos maiores equívocos do ser humano é a tendência de confundir vozes às avessas por sinais. Pela energia do ser estar baixa, fraca da certeza de quem é. Deixa ser persuadido pelas vozes que o tempo inteiro desfilam pela passarela do mundo julgando o certo do errado, sem saber que cada caso é um caso, como não existe uma bula aos fins de todos os mal-humorados. Todo mundo o tempo inteiro julga a vida do outro, como se fosse escolher uma peça de roupa no armário para o outro, mesmo sem ter sido auxiliado. E se não estiver certo do que quer, ciente do estilo que escolheu vestir, irão muito bem bagunçar o guarda-roupa inteiro, e darão uma peça de roupa na mão e se sentirá nu. Vai existir você no seu barquinho e sete mares contra, se não sabe para onde ir, não existirá vento a favor.

Damos a abertura o tempo inteiro para os outros viverem a nossa vida, começando pela música do momento, a comida que está no prato do outro, a camisa que compra, conselhos de quem estufa o peito expondo que já provou dos dissabores e vive em mágoas, á influencia do horóscopo dando á ele o poder de vida, se nele está dito que o dia vai ser um caos coloca em mente que irá ser, assiste só o que passa no jornal. 

Acabando assim tomando um copão-balde de água gelada dos freaks desnorteados levando uma trina na garganta, revolve no cabelo, por ser escravo de meia dúzia de visões infantis, por ter tomando um porre final do exército do Reich, por ter sido considerado esperançoso em mar que só existe terra, onde ninguém lhe da o espaço para se ouvir, apenas para julgar,agir sem pensar.

Abraçar os pilares dos lamentos, ignorar os mecanismos inconscientes de criação da realidade, é negar a sua verdadeira essência. Todo o mistério frutífero da vida é insuficiente apenas nas nuvens esbranquiçadas, ele cabe todo dentro de nós, assim diz aquele senhor que paira pomposo sobre elas.
As respostas já estão dentro de cada um, não procure fora, não se confunda.


Samantha Schepanski