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quarta-feira, 31 de julho de 2013

O poder do globo ocular

A forma com que vemos a vida mora dentro da alma, mas o modo como transpiramos as imagens refletem nos olhos. O olhar e o seu poder, poderoso, desde os tempos remotos, foi à comunicação inicial de toda a história da humanidade, o tempo cresceu, e não deixou de prevalecer, é narração.

Já foi o mocinho em exterminar a guerra, como o vilão ao ser o causador de um furacão em fervura em disparado, o mais aéreo silêncio, e a maior exclamação, o início e o fim de uma biografia, o responsável por ter pegado a mão no futuro. Tudo começa com um olhar, e remata quando eles caem.

Dentro dos olhos moram vozes, vontades, intenções acesas, compositor de tambores, suga a realidade e viaja na mente. Sejam os olhares pirilampos, leves, com néctar de mel daqueles que puxam instigando todos os sentidos, tem o poder de ser um tigre na sedução, de ser a maior beleza, a maior paixão, e o encarregado de atrair o que desejamos.
Revela quem é quem, sem precisar de dedos apontáveis e textos descritivos, na maneira como se gira aos os redores, e na sua composição de cores ressaltadas em cada tonalidade desencadeia o significado ao qual a pessoa traz, consigo sobre sua energia.

 Tão pequeno e enxerga imensidões, até mesmo imóvel é capaz de tocar a onde se mira, anuncia o humor emocional, sem se importar com o grau da sinceridade, se é bem recebido ou não, ele simplesmente puxa as cortinas da alma por conta e assume as bancas profundas, desde quando brilhou com o grito da garganta ao vir ao mundo.

Maquiagens podem até tentar dissimular o sorriso do rosto, mas não o espirito, muito menos as pálpebras inchadas de segurar ou esconder as emoções que pingam dos olhos.

É possível ingressar viagens sem passagens, nada além da concentração dos olhos recebendo irradiações da mente.
Imagine um pendulo ancestral girando de um lado para o outro, puxando os seus olhos, como um corpo que dança no balançar do balanço, e deixe ele te submergir.
Agora desperte para dentro de si e imagine como que são a cachoeira em noite de lua cheia, as pirâmides solitárias outras não, veja bem, os lençóis do mar quando se estendem no oceano, para onde as nuvens vão no escuro?  O deserto beijando a areia, o som quando fica mudo enquanto você dorme ao lado da cama, as estrelas do teto do quarto que se apegam, será que elas escapam dali e fogem pra noite lá fora? Passeie pelo vento do ocaso, e veja que nem todas as luzes da cidade estão desligadas enquanto o mundo “dorme”, alguns pedalam de bicicleta, outros amam, outros sofrem, outros dormem.

Veja o mundo, quando uns julgam que ele esta dormindo, desprotegido de olhares, mas na verdade nunca está, as corujas estão de prova. Pilares de luz se formando também no céu negro. O universo é sempre escuro, e ele nunca dorme, está sempre em movimento. Nada é o que parece ser, vá além de si.  E quando o mundo acordar, para onde vão as estrelas?

Agora, aos poucos, sinta o vento levando as imagens para longe, e tudo vai ficando escuro e distante e comece abrir os olhos para dentro de si, e veja o pendulo a se balançar, a viagem acabou.

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