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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Tiro de cenas


Na virgindade do dia, o frio lá fora, inclinava os galhos das árvores para baixo, e os dois embaixo das cobertas arrepiam os pelos para cima.  Fogo começa a arder na cama, como se fosse a canoa dos sonhos onde o quente e o frio estão em ação, distantes de tudo que se possa imaginar, em uma carnifora pornográfica, sem artifícios de guerra, flutuam em plenas ondulações.

 Vestidos claramente de excitação, sentiam o corpo esquentar diferente de que, quando vai chover. Lambuzados de colmeia e pimenta, os beijos avulsos lambuzavam ainda mais, os carinhos sendo tão bons que parecem gargalhadas em silêncio. Perdidos na rotação do relógio, dentro das sem mil horas azuis, assistiam episódios do universo, sentindo o coração nos pulsos. 

Imagem e erotismo, ela via em sua imagem sensitiva e sentia que jamais se apagaria. Ele brindava bebendo o seio dela, vendo-a com a boca cheia d’água o deixando louco. Beijo em movimentos conscientes captava as cenas em mente para parafraseá-lo.
Ora instantes, ele se aproxima perigosamente do volvo e volta um pouquinho... Até finalmente tocar no ponto. Enlouquecendo-se antes de um embarcar no outro. Deitados dentro dos braços esquecem tudo. Do jeito que não aguentam.

 Ele dava o coração todo naquele suor, a deixando suspirar como quem corre 10 km.
Aos ares, lençóis, cabelos, copos de vinho escocês, pernas e nucas esta o cheiro curtido de Jhonni. Só pararam a noite, se amaram mais uma vez na meia noite.

Não há como se verem novamente tão cedo, então marcaram a próxima Lua. Enquanto não se vêm, tudo fica de fantasia morando em poesia.



Samantha Schepanski

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