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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Maria Das Dores Rotineira, viva



Maria Das Dores Rotineira
Ela era tão mal-humorada
Que acordava com a cabeça esfumaçando
Combinando com o rosto avermelhado de ruiva

Certa vez, sua aluna ofereceu um chocolate,
Com todo bom grado
Esperando que ela sentisse
O mundo estremecer de sabores
Ela respondeu:
- Ofereceu morreu.

Respondida com um olhar de cuidado
Complementou:
- Não você, o chocolate.

Rezo, para que ela nunca veja esse poema.
Penso cá
Pare de reclamar e coma, se não sabe apreciar.
Pare de morder, tua vida está ficando,
Pior que os móveis dilacerados pelos ratos.
Por culpa dos próprios dentes.



Samantha Schepanski

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