Não coloca os tênis apenas, veste a velocidade dos pensamentos, conforme os passos um estado mental, pois sabe que é preciso de um bom psicológico para encarar os desafios da corrida.
Shortinho solto e o vento levemente entrando nele na marcha dos quilômetros por hora. Com os fones de ouvido, tocando a música certa a passada abre e se vai longe, deixando-se levar dentro de uma bolha. A melhor bolha do mundo.
Controla a arruaça da sua vida, na corrida que funciona como terapia, mais além que gastar caloria, ao estar em queda de braço com a balança. São o meio ao qual liga o humor as emoções. Mantém as formas do corpo e da mente a desligando um pouco dos cenários.
Se faz sumir no vento, correndo de todos os pensamentos negativos permitindo arrebentar a corrente desleal ao sair da morada deles. Limpando as areias nos dentes, que gemem por serem estilhaçadas de maus contrários. Instalando fôlego no coração que serve como fósforo humano para que a magia se revele. Distanciando-se daquele mundo antigo em que era assoberbada pelas sugestões alheias, na voz de mil narradores, infectando o laço da realidade, que impedem o prazer de morder um sanduíche de algodão.
Não importa a estação, todo dia é dia, abre mão do descanso das cobertas de domingo, para acordar às seis horas da manhã para borboletear sentindo o oxigênio do mundo. Entretanto, os fins de tardes, é a hora preferida, quando ela e os pássaros correm procurar o melhor horizonte para ver o por do sol.
Depois que descobriu que cada dia tem um sabor, passou a saboreá-los todos. Nutre-se do ar livre, cada lugar tem um tempero, proporciona um prazer diferente. Entre matas e parques, até mesmo do seu quarto, seu esconderijo e as paredes da sala.
Quando está muito sobrecarregada, prefere a esteira, por ser mais prático. Ou correr com o acelerador do carro e as janelas abertas. Seu prazer esta no movimento, sentir o balanço vê que não está só, vendo com os seus olhos as pessoas e objetos trocarem de lugar na maior naturalidade, sem ser preciso de frases que convençam.
Entre morros, subidas e descidas, nascentes, lestes e oeste. Mexer o corpo não tem preço, sente-se nas nuvens voando mesmo ao vê-las longe e imaginar que mais alguns passos no horizonte pode encostar e desfazer-se nelas.
Assim chega à avenida, toda suada sedenta de não apenas água, mas de planos.
Um dos sonhos é correr à meia-maratona da Disney.
Samantha Schepanski
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