Vontades proibidas sempre aumentam, como pode a maçã mordida ter tanto veneno, revirar a selva, derramar vinho no chão, bagunçar o cabelo. Está começando pegar fogo novamente, o que está acontecendo entre eles? Se esse solstício tem tempo assinalado? Mas, a música adora tocar para vê-los, ironia do destino ela sempre entrar em cena quando vê eles, e assim embala, ao olhar a mão já dele está na dela, e o replay já está acontecendo.
Só podemos se ver escondidinho. O seu bom dia é uma pedra lançada na janela da Morena e um sorriso largo do tamanho do paralelepípedo, pra irem caminhar, enquanto o céu está vermelho. Caminhando sem norte certeiro, feito pássaros terrestres, revirando quilômetros para saciar os olhos com um horizonte, mas tudo é cercado de pedra. E a vontade de caminhar, até os pés pedirem para parar, costeando o mar de um lado e uma montanha do outro e ao chegar ao final, uma praia, quase que deserta.
A tarde passa de carro pela casa dela, só para ver o coração da moça bater. Sabe que fica na varanda onde me varre-se de toda demanda olhando o céu aberto, que parece tão perto, fácil de tocar.
Quando o sol os cintila, enquanto conversam nos bancos coloridos, tudo parece fácil. Quanto às crianças que longe brincam com as espadas imaginárias. Sem querer, um afogo, um carinho, um dengo, uma foto e está dentro do teu abraço. Muito bem, perfume irresistível consequência irreversível!
Cidade pequena, os olhares deles se filmam, ele não disfarça, mas a luz vermelha permanece acesa, ela sorri baixinho quando ele vira.
Encontram-se em lugares menos improváveis e os mais simples, deveria procurar em um só lugar, o que poderia estar de baixo do sofá. Escorada na guitarra lembra o tempo velho, sente saudade de quando o seu coração era puro e não vivia dentro nesta elegante gravata de quem sabe descrever as mágoas de voar sozinha.
Ele cheira maresia, atiça-a a vontade de tomar banho de chuva no mar, neste mundão de meu Deus. Como boa pisciana não consegue ficar no ar, querendo bem de vagar pelo pensamento correr no mar. Sentindo o mar, feito ela, turbulento de emoção, e cada gota atingem uma sensação.
Já está ficando tarde, vontade de fingir que é dia e tomar com ele mais um café. Mas, venera ver o rosto dela de surpresa ao sentir o prazer de querer mais. Lá estão eles, escondidos pela rua, com os vidros fechados varrendo a solidão dela, a deles.
Cafajestes, tem a habilidade de fazer todo lance se tornar uma história. De tirar os discos mofados das prateleiras.
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