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domingo, 7 de abril de 2013

Janela aberta



Num suspiro prolixo sinto o aconchego dos lençóis gregos sobre a cama escorada na parede cinza sua central é aberta como uma tela de quadro livre á natureza.
    Ao arriar meus olhos á vida lá fora, sinto um frio na barriga ao sentir o vento entrando pelo quarto arredondado, arrastando os meus sentidos para longe dá li, o medo de cair para fora da janela formiga-me por dentro.
   Nesse instante a vontade de ter asas e ver o outro plano além das cortinas, viajar para longe do quarto visita-me, passo a pensar que é injusto os pássaros terem asas e não os homens.
    Eles não voam para longe... Porem permanece sempre por perto dos ninhos, não se desafiam a voar cada vez mais alto, não atravessam horizontes por estar sentindo saudade, e como diz no filme "O Mundo de Sofia" eles não possuem consciência, já os homens sim, poderia ser bem mais explorada essa visão de asas.
   Ah, que egoísmo meu, mas apenas queria sentir a aura da vida tocar em minha face voando entre as nuvens no céu, por cima de todos os murros, sentindo toda a liberdade longe dos pés ao chão, vendo tudo em outra visão e observando todos.
    Mas o que seria do dia sem o canto dos passarinhos? E se eu estivesse triste conseguiria cantar, sem expressar dor aos homens? Poderia realmente sentir a liberdade além das nuvens, as de realizar os sonhos e viajar pelo mundo, estando longe do ninho? Aí, as perguntas começam a surgir e mostram que a natureza é linda exatamente como é, realmente alguém muito sábio fez o mundo.





Samantha Schepanski

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