Já são seis da tarde e o pensamento,
recorda o filme das três ao olhar lento.
As imagens dos personagens vagam pela mente,
olho o teto como se pudesse ver o infinito nitidamente.
Com um coque no cabelo propicio,
aos dias de chuva sem fim me arrisco,
revirar as gavetas e procurar daquele disco,
para organizar tudo dentro de mim ao ouvir,
aquela letra que me faz a cabeça, me fazendo permitir,
acariciar a alma, fazendo o meu mundo voltar a rir.
Alguém toca a campainha, mas finjo não haver ninguém em casa,
para tocar a companhia de si. Decidi tirar um dia para mim e colocar minha nova camisa,
viajando a destino ao meu eu, coloco o bolo sobre a mesa,
no ritmo da música a embalar meus passos, pego a incensará,
e acendo aquele incenso de jasmim pela cozinha. Volto e ligo a chaleira,
enquanto alcanço-me o açucareiro na prateleira.
Ao abri-lo uma surpresa uma formiga sozinha,
a escalar dunas que não eram feitas de areia,
e sim, feitas de açúcar, claras como nuvens de tarde de céu aberto.
ao ver aquelas perninhas fininhas sendo engolidas pela doçura me desligo de tudo por perto.
Foco os meus olhos naquele bichinho que caiu no pote por sede de comida.
presa na gula sem sussurrar angustiada por dentro, á procura luz por estar perdida.
A pequena rumina na paciência e o soor a faz deslizar.
Parecida com um monge no Saara intensamente a cavalgar,
buscando por uma saída estando dentro do açucareiro fechado sombrio,
mesmo aflita se delicias em uma louca aventura, procurando refugio sóbrio,
da imensidão celestial e do canto da sua amiga cigarra, junto com o vento,
acariciando a suavidade da vida em movimento.
Ao ver tanta luta em frente meus olhos me põem a intrometer,
a vez, com uma colher prata de chá. Coloco toda avidez a derreter,
ao dar um caminho oriundo a pequena saúva na grama do quintal.
Pois também é filha do velho mundo e a natureza é seu palácio ambiental.
Arrepio todo o meu mundo ao separar o véu dos mundos,
Á quem bradava por liberdade de mãos dadas com o amor em gestos profundos.
Convenhamos que a verdade sempre venha desde o caminho lento,
ao mais rápido feito de flashes em frações de segundos ao sopro do vento.
Fios dos pensamentos se ligam e trazem o conceito,
que se realiza desejo sincero vindo do peito.
Visualizar com força o que se deseja alcançar,
faz os pensamentos ganharem assas e virem a pousar,
no objetivo planejado na mente arquiteta que tanto vem a projetar.
Meu coração da um pulinho de alegria ao ver alguém encontrar seu caminho,
pois o mundo é muito vasto e repleto de enigmas para se encontrar sozinho.
Ser um pescador do além, dos sinais aos quais recebemos é para os gloriosos,
que tem realmente sede á vida e não se limita de correr entre o campo,
faça sol ou chuva, sempre vai a luta sem medo.
E ao voltar os olhos a pequena e ver as planícies do seu sorriso,
faz-me sentir com uma bruma de felicidade dentro de mim como se houvesse um paraíso.
Samantha Schepanski
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