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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Genios da noite

Nesse mundo novo,
Ainda existe a desigualdade do reino antigo.
Os personagens do elenco, ainda são os mesmos,
A cor não desbotou, na amargura dos tempos.
Raça que não se dissolve nos litros dos preconceitos.
Estão presentes entre mim e você, e burgueses...
Lutando por toda parte, fortificando as vozes de suas raízes.
O passado os estimula, para crer na luta.
Em uma disputa acirrada, que venceu o time herói de conduta.
Os ecos do passado, as cavaleadas com passos berrantes,
Enquanto se refugiavam em palmares.
Aquecendo em abrigo as suas liberdades.
Em busca de oxigênio para aguçar em sangue liso, brandamente.
Reféns das armas enfrente a mente,
Pelos covardes, elevados na ganancia humana,
Pele escura vivendo tortura, não se dissipa na penumbra.
Vigorar-se ainda mais com a lua prateada, sobre os gênios da noite.
Mataram um e nasceram um milhão,
Em busca da evolução.
E hoje podem rir com sorriso estrelado.

Com as feridas nos lábios longe, deixadas de lado.

A maior realização da pele negra foi ver,
As cores unidas tendo vez.
Se cumprimentando uma a outra sem barreira,
Sem haver um na mesa e outro pondo lenha na fogueira.
Mas de estarem dividindo a mesma área de trabalho,
 E o mesmo jogo de cartas de baralho.
Aos poucos dividindo os dreads,
E indo comprar juntos chicletes.
Dantes os negros não eram só escravos,
Eram filhos de grandes reis e rainhas,
Eram príncipes e princesas.
Não pode deixar esquecido da onde vieram.
As marcas que trazem de um passado que tiveram.
 Capturados e arrastados embora de seus reinos,
Para puxarem madeira nas costas,
Por causa do letrado europeu que escreviam o seu destino.
África dos amores ,
Para onde vós fostes?
Construiu impérios, mas essa tal da desigualdade,
Com palavras de trovoes, fez só eles guardarem o cheiro a terra.
Abrolhando memórias no sangue, sem bondade.
Filhos, de um passado pouco atraente,
Revelou homens lobos,
E crianças donas do globo.




Samantha Schepanki

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